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Processo eleitoral ganha espaço entre estudantes na região

Alunos participam de sistema eleitoral para eleger seus representantes

Jaque Corrêa
Especial para o Diário
29/09/2024 | 09:14
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FOTO: Andre Henriques/DGABC


Diferentemente do que muitas pessoas podem imaginar, política não é um assunto distante da vida das crianças. Pelo contrário. Está presente em todos os aspectos do dia a dia. Da escola frequentada aos alimentos consumidos. E entender como esses dois universos se conectam é fundamental para criar cidadãos mais conscientes e engajados.

As políticas públicas nas áreas de educação, saúde e saneamento básico têm papel preponderante para determinar a qualidade de vida dos pequenos. E a falta de investimento nessas áreas pode levar à desigualdade de oportunidades e comprometer o desenvolvimento infantil.

No caso da Segurança, por exemplo, as políticas públicas influenciam diretamente na sensação de proteção das crianças e de suas famílias. Já os programas ambientais impactam a saúde e a qualidade do ar que respiramos, comprometendo o futuro das próximas gerações. Isso sem contar que a política também define os direitos das crianças e os mecanismos para garantir que sejam respeitados. 

Pode-se dizer que é uma via de mão dupla. Além de a política interferir diretamente no cotidiano dos pequenos, eles mesmos influenciam diretamente na política. Afinal, as crianças de hoje serão os eleitores de amanhã. Como são educadas em relação ao tema reflete as suas escolhas e as suas demandas como cidadãos.

Com pensamento nisso, o Colégio Arbos, de São Bernardo, criou o Processo Eleitoral do Diretório Acadêmico, no qual anualmente os alunos do Fundamental II e do Ensino Médio elegem seus representantes, para formar um órgão discente que ajude a própria escola a enxergar e a compreender as necessidades dos estudantes com propostas e projetos criados por eles.

Segundo Talita Hervás Muños, orientadora educacional da unidade, o sistema eleitoral do diretório acadêmico tem como objetivo também “proporcionar aos alunos a vivência de um processo no qual eles têm como ganho a reflexão de uma consciência política, uma educação para democracia e que se compreendam como cidadãos responsáveis por suas escolhas”, declara. 

Em entrevista ao Diarinho, Lorenzo de Lucca,13 anos, suplente da turma do 8° ano, explica a responsabilidade de fazer parte do diretório. “É uma função muito importante, além de muito divertida, porque você tem de demonstrar respeito ao trabalho e, também, precisa ouvir os alunos e ajudar alguns deles”, diz. 

Lucca cita como exemplo um dos projetos que o diretório colocou em ação este ano, quando foram disponibilizados absorventes gratuitos nos banheiros das meninas. “Acho que isso ajudou bastante”. 

Por fim, o aluno revelou o motivou de participar da chapa e do diretório. “Nos últimos anos, eu via muita coisa que as chapas faziam e que, às vezes, deixavam de realizar. Aí, quis entrar para realmente fazer as coisas que os alunos têm pedido. Poder ajudá-los, auxiliá-los de alguma forma”, explica.

Isabella Messa do Nascimento, 14, também suplente, destaca o quanto a política é importante, principalmente na infância. “Há pessoas maiores de idade que não têm maturidade para estar nesse ramo. E a gente sabe que existem outras da nossa idade que prezam pelo melhor do Estado, da cidade e do País. Acho que a política deve ser, sim, incrementada nas escolas, assim como a gente faz aqui no Colégio Arbos, porque é muito importante para os alunos já serem guiados a ter a própria opinião e a não seguir todo mundo”, conclui. 




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