O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quarta-feira, 25, que se o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, "fosse esperto", diria que a solução para a guerra entre seu país e a Rússia tem solução diplomática em vez de militar. O ucraniano disse mais cedo na Assembleia Geral da ONU duvidar do interesse pela paz de Brasil e China, que pressionam para que os beligerantes discutam uma forma de encerrar a guerra.
"O que estamos propondo não é fazer a paz por eles. Estamos é chamando a atenção para que eles levem em consideração que somente a paz vai garantir a Ucrânia enquanto um país soberano e que a Rússia sobreviva. Eles não precisam aceitar a proposta da China e do Brasil porque não tem proposta. Tem uma tese de que é importante começar a conversar. Ele, se fosse esperto, diria que a solução é diplomática, não é militar", disse o presidente brasileiro.
Segundo Lula, Zelensky "só falou o óbvio" em partes de seu discurso. "Ele tem que defender a soberania, é obrigação dele. Ele tem que ser contra a ocupação territorial, é obrigação dele. O que ele não está conseguindo fazer é a paz", disse o petista.
O brasileiro também minimizou as críticas do presidente do Chile, Gabriel Boric, a setores da esquerda que não condenam o regime venezuelano. "Essência da democracia é as pessoas falarem o que querem falar. E a gente escutar o que a pessoa falou. Ele falou o pensamento dele, e eu jamais vou contestar. Se ele pensa aquilo que falou, ótimo. Não vi nenhuma coisa agressiva que o presidente Boric falou", declarou o petista.
Lula deu as declarações em Nova York antes de embarcar de volta ao Brasil depois de participar da Assembleia Geral da ONU.
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