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Realidade e desafios da educação com a Inteligência Artificial
Da Redação
23/09/2024 | 18:16
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Divulgação


Pesquisas recentes indicam que, no Brasil. aos menos sete em cada dez estudantes já utilizaram a IA (Inteligência Artificial) para aprender. Já nos Estados Unidos, 90% dos alunos acreditam que estudar com ChatGPT é melhor do que sob a supervisão de um tutor. Fato é que as novas tecnologias transformaram a rotina de diversos segmentos e a educação não passou incólume, a ponto de surgirem questionamentos, inclusive, a respeito da substituição dos professores pela IA. Um assunto polêmico, que gera discussões e ainda merece melhores explicações.

Na visão da Unesco ((Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) a IA tem o potencial de abordar alguns dos maiores desafios na educação hoje, inovar práticas de ensino e aprendizagem e acelerar o processo para assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade. Porém, a entidade reconhece que os rápidos desenvolvimentos tecnológicos têm gerado riscos e desafios.
 
Um deles diz respeito à falta de diretrizes sobre uso da IA em escolas. E não só pelo Brasil. Pesquisa global realizada com mais de 450 colégios e universidades revelou que menos de 10% deles possuem políticas institucionais e/ou diretrizes formais para o uso de aplicações generativas de IA, em grande parte devido à falta de regulamentações nacionais. Levantamento está disponível em um guia lançado pela Unesco, no ano passado, para orientar o uso de ferramentas de IA no segmento.
 
Neste ano, a organização publicou um novo documento intitulado ‘AI Competency Framework for Teachers” (AI CFT)’, durante a 2ª edição da Digital Learning Week, fórum promovido anualmente, com foco na aprendizagem digital e na transformação da educação. O guia tem como objetivo apoiar professores no desenvolvimento de competências relativas ao uso de ferramentas de IA, além de capacitá-los a utilizá-las em suas práticas acadêmicas de “forma segura, eficaz e ética”.
 
A estrutura do documento é dividida em cinco aspectos de competência. São eles mentalidade centrada em seres humanos; ética na IA; fundações e aplicações da IA; pedagogia da IA; e o uso de IA para o desenvolvimento profissional de professores. Segundo a Unesco, os aspectos de competência são fatores interligados de conhecimento, habilidades, valores e atitudes que professores precisam desenvolver para “integrar a IA em suas práticas de ensino, na facilitação do aprendizado e no seu próprio desenvolvimento profissional”.
 

Essas competências, de acordo com o AI CFT, podem se desenvolver de acordo com três níveis de progressão. No inicial, os professores começam a adquirir e a utilizar os conhecimentos e as habilidades mais fundamentais para usar a IA. O segundo pressupõe que professores sejam proficientes em integrar IA com suas práticas pedagógicas. E, no último, a Unesco indica que professores devem ser capazes de ter um entendimento crítico dos impactos sociais da IA, contribuindo inclusive para a formulação de políticas e de padrões éticos para o uso dessa tecnologia.




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