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Mais da metade dos donos de moto não tem habilitação no Brasil

Segundo o Senatran, umas das explicações é o custo acessível desse tipo de veículo

Da Agência Brasil
10/09/2024 | 21:49
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FOTO: Tânia Rego/Agência Brasil


Mais da metade dos donos de motocicletas no País não tem habilitação para a categoria. É o que mostra uma pesquisa feita pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Segundo o estudo, divulgado na segunda (9), dos 32,5 milhões de proprietários de motos, motonetas e ciclomotores registrados no Brasil, 17,5 milhões, o que equivale a 53,8% do total, não têm CNH (Carteira Nacional de Habilitação) válida para conduzir os veículos.

Segundo a Senatran, os resultados podem ser explicados, entre outros fatores, pelo custo acessível do veículo, pelo crescimento de negócios com veículos compartilhados, pelo aluguel de motocicletas ou motonetas e pela dificuldade de acesso à CNH por parte da população.

O estudo também destaca a expansão das áreas urbanas e a necessidade de transporte individual em regiões com infraestrutura limitada como fatores podem explicar o alto número de proprietários sem habilitação.

Os homens representam 80% dos proprietários de motocicletas, com a maioria dos proprietários na faixa etária de 40 a 49 anos, seguida por aqueles de 50 a 59 anos. Entre os que possuem habilitação, a maioria está na faixa etária de 30 a 39 anos.

FROTA

Os dados do estudo mostram que atualmente as motocicletas representam 28% do total da frota nacional. A expectativa é de que em seis anos, mantida a tendência atual, esse percentual alcance 30% da frota.

O Maranhão aparece como o estado com maior percentual de motocicletas, com 60% do total da frota de veículos do tipo, seguido pelo Piauí (54,5%), Pará (54,5%), Acre (53,1%) e Rondônia (51,2%). “A alta proporção aponta para uma predominância em estados do Norte e Nordeste devido a fatores econômicos, geográficos e culturais”, diz o estudo.

Em números absolutos, São Paulo vem em primeiro lugar, com 7 milhões de veículos registrados, seguido por Minas Gerais (3,5 milhões), Bahia (2 milhões), Ceará (1,9 milhão) e Paraná (1,8 milhão).




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