Unidade de saúde estará aberta ao público a partir do dia 23; obras foram retomadas em 2021
Após 16 anos do início das obras, o novo Hospital Municipal Santa Luzia, em Ribeirão Pires, será entregue no próximo dia 20 – o atendimento ao público, no entanto, ocorrerá somente a partir do dia 23. As intervenções, iniciadas em 2008, foram retomadas em 2021, depois de uma paralisação que durou oito anos. A abertura colocará fim a uma longa espera e ocorre dez anos depois do prazo original, já que a previsão de finalização das obras no começo dos trabalhos era para 2014.
O espaço de saúde, chamado oficialmente de o Hospital São Lucas – Santa Luzia, deverá oferecer, no total, 95 leitos, sendo 11 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), 44 de clínica e 30 na ala de maternidade, entre outros. A unidade terá atendimento de média complexidade e contará com centro cirúrgico e obstétrico, centro clínico, pediatria e maternidade, além de leitos de internação.
A expectativa da Prefeitura é de que o novo hospital ajude a desafogar os atendimentos no Hospital Municipal São Lucas – único equipamento público do município, que possui 48 leitos –, além de poder atender aos municípios vizinhos, como Mauá e Rio Grande da Serra.
A construção do Complexo Hospitalar Santa Luzia é uma antiga promessa do poder público para Ribeirão Pires e que vem se arrastando há anos. As obras do tiveram início ainda em 2008, durante a primeira gestão de Clóvis Volpi (PSD) em Ribeirão.
A intervenção incluía a construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e a sede da Secretaria de Saúde do município – apenas esses dois prédios foram concluídos. A construção foi paralisada por falta de recursos a partir de 2013. (Veja histórico abaixo)
O investimento para construção do hospital, desde o início das obras, em 2008, chegou a R$ 29,5 milhões, sendo R$ 27,5 milhões por meio de convênio entre governo do Estado e município e R$ 2 milhões de contrapartida da Prefeitura. O Paço destinou ainda adicional de R$ 500 mil para a compra de itens de mobiliário e equipamentos.
Em janeiro de 2022, o então governador João Doria (PSDB), anunciou pacote de investimento de R$ 72,4 milhões para três cidades do Grande ABC, sendo R$ 16 milhões para conclusão das obras do hospital em Ribeirão Pires. Em fevereiro de 2019, o governo estadual havia cancelado o convênio no valor de R$ 3 milhões destinado para retomada das intervenções do complexo hospitalar.
O prefeito Guto Volpi (PL) realizou nesta segunda-feira vistoria nas obras, que estão em fase final de implantação. O gestor destacou que a entrega na próxima semana será um momento histórico tanto para o município quanto para região.
“Com o novo hospital, também aumentamos o número de leitos para o Grande ABC. O hospital tem suporte para atender às pessoas. Esse momento é realmente um marco para a cidade, é uma obra que meu pai tocou até o fim do segundo mandato dele, até 2012, e que outras duas gestões abandonaram. Hoje temos a honra de finalizar e entregar para Ribeirão”, comentou Volpi.
COMPLEXO HOSPITALAR
O Complexo Hospitalar Santa Luzia, localizado no bairro de mesmo nome, abriga, além do novo hospital, o prédio da Secretaria Municipal de Saúde e a primeira UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do município. Segundo levantamento do Paço, realizado no ano passado, do total de pacientes atendidos em 2022, cerca de 23% são de usuários oriundos de cidades vizinhas, como Mauá, Rio Grande da Serra e Suzano.
É muito orgulho, diz ex-prefeito sobre finalização do projeto
Foi durante o primeiro mandato de Clóvis Volpi (PSD), em 2008, que o projeto do Complexo Santa Luzia foi iniciado – o primeiro convênio com o governo do Estado para construção do equipamento foi assinado em 2007. De acordo com a Prefeitura, até 2012, a intervenção seguia o cronograma estabelecido e a previsão de finalização das obras do novo hospital era para 2014. O prédio da Pasta de saúde foi inaugurado em 2010, e o da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), em 2012.
Ex-prefeito, Clóvis Volpi relembra que a ideia inicial do projeto era para desafogar as demandas do Hospital Municipal São Lucas, que segundo ele, já era pequeno e limitado. “Compramos em 2005 o terreno e pagamos R$ 1,1 milhão. Nosso objetivo era que tudo funcionasse como um complexo de saúde, com o prédio da secretaria, a UPA e o hospital. Porém, a partir de 2013, do jeito que deixamos, as duas gestões seguintes (dos então prefeitos Saulo Mariz Benevides (PMDB) e Adler Alfredo Jardim Teixeira (PSDB), não conseguiram recursos para continuar com as obras. E tudo que tinha sido construído acabou se deteriorando com o passar dos anos”, afirmou Volpi.
Apesar do atraso de dez anos na entrega da unidade hospitalar, o ex-gestor diz que está orgulhoso do projeto e ressalta o sentimento de dever cumprido. O convênio de R$ 16 milhões com o governo do Estado foi assinado durante seu terceiro mandato, em janeiro de 2022, antes de ter o diploma cassado, em setembro do mesmo ano, pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
“Na vida pública você entrega pontes, viadutos, escolas e outras obras, mas quando o assunto é hospital, é diferente, é muito orgulho. Era uma promessa e um compromisso que fizemos com a cidade e agora será finalmente cumprido”, disse.
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