Dois homens foram presos em Mauá, nesta terça-feira (3), sob suspeita de participação em uma quadrilha que roubava medicamentos de alto custo. As prisões foram realizadas pela Polícia Civil, por meio do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), durante a 5ª fase da Operação Alto Custo.

Segundo informações da SSP-SP( Secretaria da Segurança Pública de São Paulo), um deles, funcionário de um estabelecimento comercial, obtinha informações sobre a entrega dos medicamentos e repassava à quadrilha, que efetuava os roubos. O segundo detido é acusado de orientar o grupo criminoso sobre quais produtos roubar, com foco em medicamentos de alto valor, especialmente aqueles utilizados para emagrecimento. Após os roubos, ele revendia os medicamentos. As investigações, conduzidas pela 5ª Disccpat (Delegacia de Polícia de Investigações sobre Furtos e Roubos a Bancos), levaram à captura dos suspeitos. 

Nas fases anteriores da operação, a polícia já havia apreendido centenas de medicamentos. A Polícia Civil solicitou à Justiça que os itens apreendidos fossem enviados ao estado do Rio Grande do Sul, para auxiliar famílias vítimas das enchentes ocorridas em abril.

O caso foi registrado como captura de procurado na 5ª Disccpat, e os presos permanecem à disposição da Justiça.

FASES DA OPERAÇÃO

A primeira fase da operação focou na investigação dos criminosos que roubavam farmácias e faziam os funcionários reféns. Na segunda fase, a operação teve como alvo os envolvidos no recebimento dos medicamentos roubados. A descoberta dessa rede foi possível através da análise de conversas e transações bancárias. Durante essa etapa, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em locais usados para o armazenamento irregular, resultando na responsabilização de pessoas físicas e jurídicas diretamente ou indiretamente envolvidas nos crimes.

Na terceira fase, a polícia concentrou seus esforços em desarticular um grupo de ladrões de carga que atuava nas rodovias de São Paulo, atacando motoristas que transportavam os medicamentos. Já na quarta fase, os investigadores desvendaram a logística do crime, comprovando que os assaltantes recebiam informações privilegiadas sobre as entregas dos medicamentos.