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Fundo girou R$ 8,5 bilhão com compra de carteiras
28/10/2009 | 07:00
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O FGC (Fundo Garantidor de Crédito) girou R$ 8,5 bilhões com a compra e venda de carteiras de bancos médios e pequenos durante a crise e já revendeu tudo de volta para os bancos, informou o diretor executivo do Fundo Garantidor de Crédito, Antonio Carlos Bueno. "Fizemos 32 fundos exclusivos e mais três ou quatro multimercados com as carteiras que compramos", disse. "Isso comprova o que dizíamos: os bancos no Brasil não tinham problemas patrimoniais, só de liquidez. Venderam as carteiras para ter liquidez, mas elas eram tão boas que, depois que tiveram liquidez, os bancos compraram tudo de volta",

disse o diretor de Liquidações e Controle de Operações de Crédito Rural do BC, Antonio Gustavo Matos do Vale.

Matos do Vale afirmou que "o Brasil saiu da crise sem nenhum banco liquidado e sem um tostão de dinheiro público colocado em instituição financeira". Em apresentação durante o seminário Resolução de Falência de Instituição Financeira, ele afirmou que tem muito orgulho disso.

Bueno afirmou que o BC, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), e a Cetip trabalharam com grande rapidez durante a crise financeira para evitar maiores repercussões no Brasil. O FGC comprou carteiras de 32 bancos. "Cada carteira era um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) e, como é um fundo. isso tem que ser aprovado pela CVM", completou Matos do Vale. "A CVM aprovou quase tudo no mesmo dia que pedimos. Só não aprovava no mesmo dia quando faltava um documento ou tinha alguma pendência."

A estrutura do FGC deve ser alterada em função da proposta do projeto de lei apresentado pelo Banco Central para prevenir crises bancárias, avalia o diretor executivo da entidade, Antonio Carlos Bueno. O projeto não permite participação de diretores de instituições financeiras na diretoria do FGC. Ele imagina que tenha que ser criada uma empresa para gerir o FGC.




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