Setecidades Titulo Memória
Livros novos. A (quase) autobiografia de João Bosco. A literatura infantil de Iracema Régis.

Trechos dos nossos literatos demonstram que a prosa e poesia no Grande ABC permanecem em alta

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
14/08/2024 | 08:00
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“...e meu lápis azul-claro nunca esquecia aquele seu afluente que tinha um nome enorme – Tamanduateí – transbordava letras do traço”.

“O Rio do destino”, de Deise Assumpção, em “Cidade Cativa” (Alpharrabio Edições, 2023), cantando Mauá.

“A chuva benfazeja cai (sem miserabilidade) sobre os sonhos do poeta em sono derradeiro; nas fretas da nova moradia hão de nascer flores silvestres e plantinhas rasteiras a lembrar os cravos brancos, vermelhos e amarelos, que o semeador incansável colheu e espalhou pela vizinhança durante a sua vida”.

“Manhã de domingo”, de Iracema Régis, em homenagem ao poeta-escritor Aristides Theodoro, em memória.

“Memórias, memórias! Fiquei ali, ouvindo meu tio... do loteamento inicial em 1938 e posterior em 1950, surgindo assim Vila Vitória, Vila Luzita e bairros vizinhos”.

Cristina M. Garcia, “Memórias de Santo André”, em “Poemas da Cidade” (Coopacesso, volume 2).

Livros novos na praça chamada Grande ABC

RETROSPECTIVA

João Bosco dos Santos diz que o seu “Antes que a memória me abandone” (Edição do Autor, 2024) não é uma autobiografia. “Memória”, então, diz que é “quase”.

Afinal, são tantas informações pessoais, que pelo menos reúnem subsídios para uma biografia futura.

Se não, vejamos:

Nasci na cidade de Parnaíba, estado do Piauí, num sábado ensolarado, no dia 5 de novembro, do ano da graça de 1944.

Deixamos Parnaíba no final de 1951 e mudamo-nos para Fortaleza.

1965. Caminhando em plena Avenida São João...

1970. Dia do batizado do Fernando Luiz, em foto na Praça do Carmo, em Santo André.

2020. Lancei o livro biográfico “Canhotinho uma história musical”. Homenagem que prestei ao grande músico Roberto Barbosa.

NOTA DA MEMÓRIA – O livro de João Bosco vai linguagem jornalística – jornalista e professor de Jornalismo que ele é. Você começa a ler e não para mais. Memória boa, meu amigo...

UMA CARTA

Desde a partida do nosso Aristides Theodoro (que se aproxima de um ano), não nos comunicamos. 

Eu continuo na minha labuta um tanto solitária, mas produzindo sempre: estão prontos os originais para mais três livros e nos próximos dias sairá uma entrevista que concedi à revista online, “Verlidelas”, com base na minha biografia.

No momento, envio à Memória uma publicação infantil (a mais recente) e dois textos que escrevi ainda sob o impacto do ocorrido sobre o Aristides.

Iracema M. Régis

NOTA DA MEMÓRIA – “Um livro para Laís! (Editora Conejo, 2023), com ilustração de Carlina M. de Lira, é muito bonito.

“Olhos grandes, muito grandes: imensos, avantajados e arredondados – olhos encantadores!... de pupilas negras e profundar, foram esses olhos que acompanharam de volta a São Paulo. A dona desses olhos tem um nome bem simples: Laís”, escreve Iracema.

E a gente, aqui em “Memória”, vai recebendo essas preciosidades e dividindo com você, querido leitor. Maior orgulho em saber que João Bosco, Iracema, Deise Assumpção, Cristina Garcia, escrevem aqui e para o Grande ABC. Setecidades querida. 

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Domingo, 14 de agosto de 1994 – Edição 8779

MANCHETE – Lula tenta reagir culpando as elites.

Candidato do PT à Presidência da República retomava argumento usado na campanha de 1989 para explicar sua queda nas pesquisas.

CRÔNICA – O PT lembra aqueles beques da várzea de Utinga Não faz gol, mas o que distribui e pancada não está escrito.

Artigo de Paola Porto, “A Campanha na TV”.

EM 14 DE AGOSTO DE...

1904 – Destaque policial do Estadão: vieram presos de São Bernardo Taschi Jacob, Taci Alfredo e Alfredo Bernardini, envolvidos em falcatruas. Os três não tinham ocupação e viviam de explorar os incautos com “o célebre jogo do vermelhinho”.

NOTA DA MEMÓRIA – “Jogo do vermelhinho”. Expressão que se perde no noticiário policial. Refere-se à aposta em que o pedestre – ou incauto, na expressão da notícia – é chamado a descobrir em qual de três copos está escondida uma bolinha. Ágil, esperto, o malandro consegue ludibriar e faturar dinheiro fácil do apostador.

O “Observatório Romano”, órgão oficial do Vaticano, noticiava a ruptura de relações entre a França e a Santa Fé.

1924 - Nascia, em São Paulo, René Zmekhol, que adotaria Santo André como a sua cidade e aqui integraria o Clube da Poesia, no início dos anos 50.

1944 - Inaugurada a fábrica de projéteis Confab - Companhia Nacional de Forjagem de Aço Brasileira - na Vila Prosperidade, em São Caetano. 

Para a população, as iniciais Confab significavam "Com Orgulho Nós Fabricamos Armas Brasileiras".

Domingo Glenir Santarnecchi nascia em Passo Fundo (RS). Jornalista. Homem de TV. Memorialista. Fez história em São Caetano.

1969 - Presidente Costa e Silva editava o Ato Institucional nº 11, impondo novo calendário eleitoral no Brasil, marcando todas as eleições para 15 de novembro visando completar os cargos em vacância devido às cassações de seus titulares.

Canta Itália

Todo romantismo e emoção da música italiana, com vários quadros fixos e convidados que remetem à velha Itália.

No "Momento Memória", mais bairros do Grande ABC cujos nomes lembram famílias italianas, dos Demarchi, Batistini e Casa, em São Bernardo, ao casarão dos Castelucci em Rio Grande da Serra.

Produção e apresentação: Marquitho Riotto. Hoje, às 20h, com reapresentação no sábado, às 23h.

HOJE

Dia do Cardiologista

Dia do Combate à Poluição

Dia da Unidade Humana

Dia da Sociedade Amigos de Bairros, em Santo André.

MUNICÍPIOS BRASILEIROS

No Estado de São Paulo, hoje é o aniversário de Apiaí, criado em 14 de agosto de 1771, quando se separa de Sorocaba.

Na Bahia, Aporá, Barra do Mendes, Caculé, Candeias, Cocos, Coribe, Guanambi, Iaçu, Ibotirama, Itagibá, Itanhém, Itapebi, Ituberá, Medeiros Neto, Olindina, Riachão do Jacuípe, Ribeira do Amparo, Sátiro Dias e Tanquinho.

E mais: Barbacena e Dom Silvério (MG), Barcarena e São Caetano de Odivelas (PA), Campo Grande (AL), Iati (PE), Parnaíba (PI), Quixeramobim e Viçosa do Ceará (CE), 

São Maximiliano Maria Kolbe

14 de agosto

(Polônia, 1894 – 1941). 

No Grande ABC, um dos principais divulgadores da obra de Maximiliano Kolbe é o frei Sebastião Quaglia, criador da Rádio Imaculada.

Divulgação: Canção Nova




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