O provérbio “Uma maçã ao dia mantém o médico distante” é pouco conhecido em nosso meio, mas largamente apregoado por italianos, “Una mela al giorno toglie il medico di torno”, assim como por britânicos e americanos, “An apple a day keeps the doctor away”.

Em 2013 um estudo publicado no Britsh Medical Journal, utilizou conjuntos de dados populacionais do Reino Unido, avaliando indivíduos com mais de 50 anos e deduziu que consumir uma maçã diariamente alcançava efeito preventivo contra eventos cardiovasculares, similares àqueles obtidos pelo uso de estatinas. 

Pesquisa publicada no JAMA (The Journal of the American Medical Association) em 2015, avaliou indivíduos com mais de 18 anos através de inquérito alimentar e embora não tenham encontrado diferenças significativas em favor dos consumidores diários de maçã, para estes, as prescrições médicas eram sensivelmente menos frequentes.

Os mecanismos que proporcionariam estas e outras prováveis vantagens podem se originar em substâncias contidas em sua estrutura, especialmente alguns subtipos de flavanóides, compostos com atividade anti-inflamatória, antioxidante, anticancerígena e outros tantos atributos.

Em outro caminho, componentes da maçã, especialmente suas fibras, podem modular a flora intestinal em favor de tipos específicos de bactérias, as quais produzem moléculas que através da corrente sanguínea viajam a vários setores do organismo, propiciando ações vantajosas, tal como melhorar a recepção da insulina na entrega da glicose às células. 

É extremamente difícil reunir parâmetros infalíveis, para assegurar que o consumo isolado de determinado alimento promova benefícios incontestes na proteção orgânica contra uma ou várias doenças. 

Por outro lado, é extremamente improvável encontrar sustentáveis benesses em ultraprocessados, mesmo que contenham maçãs!