Oposicionista, que teve a candidatura oficializada em convenção na Fundação das Artes, diz que vai auditar contratos da Prefeitura
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Com a promessa de “abrir a caixa-preta” da Prefeitura de São Caetano caso seja eleito em 6 de outubro, o ex-vereador Fabio Palacio (Podemos) foi homologado, ontem, candidato ao Executivo. O oposicionista terá como companheiro de chapa o empresário Mario Bohm (Novo), que desistiu há duas semanas de projeto majoritário para apoiar o podemista. Ambos teceram fortes críticas à gestão de José Auricchio Júnior (PSD) e ao candidato governista, o vereador Tite Campanella (PL).
“Estamos concorrendo contra um grupo envolvido em vários escândalos e que culminaram, inclusive, na condenação do prefeito”, afirmou Palacio, referindo-se ao fato de o chefe do Palácio da Cerâmica ter sido condenado pela Justiça por captação irregular de recursos (caixa 2) na campanha de 2016.
“Por isso, precisamos passar a cidade a limpo e fazer uma auditoria cuidadosa em todos os contratos. Quando a gente abrir a caixa-preta da Prefeitura, as pessoas vão descobrir que seus ocupantes cuidavam de si próprios, e não das pessoas, como deveria ser”, prosseguiu Palacio, durante convenção que lotou o auditório da Fundação das Artes, no bairro Oswaldo Cruz.
“Qualquer período longo de permanência no poder resulta em tirania, em corrupção. São 20 anos de um reinado. Porém, o prefeito de São Caetano não é um Deus”, afirmou Mario Bohm, referindo-se ao fato de Auricchio estar em seu quarto mandato, o primeiro deles iniciado em 2005 - no período, só não ocupou o Palácio da Cerâmica de 2013 a 2016, quando a cidade foi comandada por Paulo Pinheiro (União Brasil), e em 2021, quando Tite assumiu o Paço interinamente, já que Auricchio foi impedido de ser empossado.
Além de Podemos e Novo, apoiam a chapa encabeçada por Palacio MDB, PMB e União Brasil. Participaram da convenção a deputada federal licenciada e presidente nacional do Podemos, Renata Abreu; o presidente estadual do Novo, Ricardo Alves, e o candidato do Podemos à Prefeitura de Rio Grande da Serra, Marcelo Akira, o Akira do Povo, entre outras lideranças políticas.
“Seria muito mais fácil estar do outro lado, junto da máquina pública, mas vocês estão aqui, porque representam a coragem e a esperança”, discursou Renata Abreu. “São Caetano não pode ficar estagnada. Está nas mãos de vocês a possibilidade de mudar”, prosseguiu.
Fabio Palacio minimizou o fato de estar atrás de Tite Campanella no levantamento Diário/Paraná Pesquisas (registrada no TSE sob código SP-03649/2024). O governista soma 45% das intenções de voto, contra 28,3% do oposicionista. “A partir de agora, com o fim das convenções e o início da campanha, a população estará mais antenada e conhecerá os projetos e o que representa cada candidatura. Com isso, tenho certeza de que vamos crescer e ganhar essa eleição.”
Coalizão governista oficializa Tite
O vereador Tite Campanella (PL) foi aclamado ontem candidato a prefeito pela coligação São Caetano é Futuro Seguro, que reúne os partidos PL, PSD, Republicanos, Avante, PSB, PRD e Progressistas, além da federação PSDB-Cidadania. O liberal terá como postulante a vice Regina Maura Zetone (PSD), ex-secretária no governo do prefeito José Auricchio Júnior (PSD).
A convenção - que também homologou as candidaturas de 176 postulantes a vereador pela coligação - lotou a Câmara de São Caetano. Tite recebeu o apoio de lideranças políticas, como o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, presente ao ato. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) gravou mensagem em vídeo - exibida durante o evento - de apoio a Tite Campanella.
“Futuro seguro significa avançar em todas as áreas. É um enorme desafio, tendo em vista todas as conquistas que a cidade acumulou ao longo dos quatro mandatos do prefeito Auricchio. Porém, não tenho medo de assumir responsabilidades. Pelo contrário: temos resiliência a coragem para superar qualquer desafio, sempre com foco de melhorar a vida das pessoas”, afirmou Tite.
Auricchio aproveitou a ocasião para fazer um alerta sobre candidatos que, segundo o prefeito, “só aparecem em ano eleitoral”. “De quatro em quatro anos surge um personagem para fazer o papel daquele que só traz a maldade, criticando a cidade e seu povo. Nunca pregou um prego na parede por São Caetano. Um vilão que ninguém sabe do que vive ou com o que trabalha”, disse.
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