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Câmara tem 21 pedidos de CPIs na fila de espera
Do Diário OnLine
Com Agências
01/03/2004 | 18:17
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A campanha da oposição por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara para apurar o escândalo envolvendo Waldomiro Diniz, ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência, pode esbarrar em um problema. Atualmente, há uma lista de 21 CPIs à espera de instalação, e o regimento interno da Casa permite o funcionamento simultâneo de apenas cinco delas.

Dessas cinco, duas já estão em atividade: a que investiga a pirataria industrial e a que apura a ação de grupos de extermínio no Nordeste. As próximas duas comissões que serão criadas investigarão o tráfico de órgãos e o contrabando de animais e plantas silvestres. Por fim, a quinta deverá apurar a privatização do setor elétrico.

A cota regimental de funcionamento simultâneo de CPIs poderá ser quebrada, porém, se a oposição aprovar requerimento de urgência no plenário. Para entrar na fila das comissões de inquérito, o requerimento deverá ter o apoio de pelo menos 171 deputados. O deputado Babá (sem partido-PA) afirma que o pedido para o caso Waldomiro já conta com 50 assinaturas.

O caso Waldimiro Diniz veio à tona no mês passado, quando foi divulgado um vídeo gravado em 2002 que o mostrava pedindo propina para o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O dinheiro, conforme alegou, seria destinado às campanhas eleitorais dos então candidatos Geraldo Magela (PT-DF), Rosinha Matheus (então no PSB-RJ) e Benedita da Silva (PT-RJ).

À época da filmagem, Waldomiro Diniz presidia a Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj). Em troca da propina, ele prometia beneficiar Cachoeira em uma concorrência pública. Tão logo as denúncias tornaram-se públicas, no último dia 13 de fevereiro, ele foi exonado do cargo de subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República, ao qual havia sido indicado pelo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu.

Com Agência Câmara




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