No Dia do Amigo, celebrado neste sábado, criadores da Stab contam que amizade de longa data se materializou no projeto que visa instigar prática esportiva
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“Se você não for, só você não vai.” Essa frase está em praticamente todas as postagens das redes sociais da Stab – equipe de corrida criada em Santo André. Com apenas quatro meses, o projeto chama atenção pela quantidade de pessoas que tem atraído para correr por cinco quilômetros no Centro da cidade toda terça-feira, às 20h. A edição mais recente, que aconteceu dia 16, reuniu 420 pessoas no Cine Theatro Carlos Gomes, ponto fixo de encontro.
O evento semanal é organizado pelo fotógrafo Felipe Bataline, 29 anos, o gerente de varejo Victor Rego, 29, o designer Leandro Belini, 33, e o engenheiro de produção Henrique Vecchi, 28. No Dia do Amigo, comemorado neste sábado (20 de julho), o quarteto andreense explica ao Diário como foi a criação desse projeto que, segundo eles, é a materialização dessa amizade de longa data e que também serve como uma rede de sociabilização entre todos os corredores que participam.
“Pensar grande e pensar pequeno têm o mesmo esforço. Então, nosso maior propósito é ser o maior grupo de corrida do Brasil. Não somos os primeiros, mas queremos que as pessoas escolham correr com a Stab por se sentirem acolhidas e seguras”, almeja o fotógrafo Felipe Bataline.
A primeira corrida promovida pela Stab foi em 26 de março e teve dez pessoas (contando com os quatro fundadores). Ao todo, já foram 17 encontros às terças e dois aos domingos. Segundo Bataline, nenhum dos fundadores imaginava que o grupo iria atrair um grande público em tão pouco tempo. “Percebemos que, mesmo com chuva, a galera ia. Fazia frio, tinha gente. Batemos 170 pessoas. Depois, 300. Agora tem ficado difícil precisar o número de participantes. Nosso ‘Departamento de Contagem de Corpinhos’ já está quase pedindo demissão”, brinca.
Felipe Bataline e Victor Rego são amigos desde a época de escola. Anos depois, começaram a trabalhar juntos com Leandro Belini e, pouco tempo após, Henrique Vecchi também entrou para o grupo. “Sempre frequentamos o mesmo círculo social. No começo de 2024, um amigo nosso que fundou a Curv (grupo de corrida de Barcelona) veio para o Brasil e fez uma edição em São Paulo. Pensamos que poderíamos trazer isso para Santo André”, pontua Vecchi.
O nome do grupo faz referência à música Stab, do Planet Hemp, e à palavra stability (estabilidade, em inglês). “A escolha foi demorada. Queríamos algo autêntico. Minha esposa sugeriu a música e vimos que o termo em inglês tem tudo a ver com corrida”, explica Leandro Belini.
Toda Social Run, como são chamados os encontros de cinco quilômetros de terça-feira, começa e termina no Carlos Gomes (Rua Senador Flaquer, número 110) e o trajeto varia em diversos pontos do Centro. O grupo também promove a Stab Expedition, que ocorre um domingo por mês e visa explorar outros locais da região. A próxima edição será dia 21 de julho, às 7h30, no Paço de Santo André - com trajetos de 6 e 10 quilômetros.
“A Social Run é a mais populosa. Fazemos o possível para que todo mundo saia e chegue junto. Não vamos tirar ninguém de casa para abandonar no Centro de Santo André à noite. Nós nos comprometemos com a segurança, paramos, esperamos reagrupar, vamos nos comunicando a corrida inteira”, comenta Felipe Bataline.
Além dos benefícios da prática de atividade física, o grupo deseja ajudar a promover novos laços de amizade. “É um dia para conhecer gente em um lugar diferente de um bar, por exemplo. É uma rede para criar networking, ter a possibilidade de conviver com alguém de uma bolha totalmente diferente”, considera Victor Rego.
Para eles, o distanciamento social é ainda maior em cidades metropolitanas como as do Grande ABC e a Capital e a corrida vem para contrariar essa lógica. “É comum ficar muito focado em seus objetivos, problemas e acabar se afastando dos amigos e família. Um dos propósitos da Stab é que possamos criar vínculos verdadeiros. Por isso, toda terça, às 20h, nos reunimos”, completa Felipe Bataline.
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