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País tem 45% dos trabalhadores na informalidade
Do Diário OnLine
Com Agências
30/04/2004 | 19:31
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A informalidade é um dos principais problemas do mercado de trabalho brasileiro, segundo o Ministério do Trabalho. Cerca de 45% das pessoas em idade economicamente ativa não possuem carteira assinada ou trabalham por conta própria. De cada dez empregos gerados nos últimos 14 anos, sete deles foram informais, de acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho).

No entanto, o emprego informal não significa a perda de direitos básicos como registro em carteira de trabalho, férias, 13º salário ou fundo de garantia. Segundo o secretário nacional de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Remígio Todeschini, mais de 980 mil empregados saíram da informalidade e tiveram suas carteiras assinadas em 2003. O número é resultado de uma intensa fiscalização do governo, segundo a Agência Brasil.

Segundo Todeschini, ficar na informalidade e na sonegação não fortalece o mercado interno. “Porque nós vamos ter menos salários, menos recursos colocados no mercado. Tanto os salários como os encargos sociais são benéficos para economia como um todo”, explica.

O secretário salientou que o maior desafio do Ministério do Trabalho é lutar pela formalização de todos os trabalhadores que estão no setor informal da economia, e garantir que futuramente os cerca 45% dos autônomos do país possam ter direitos garantidos na previdência na questão da aposentadoria.

As micro e pequenas empresas são responsáveis por 56% da mão de obra formal do Brasil, o equivalente a 14,5 milhões de pessoas. Tal mercado também é responsável pelo contingente de trabalhadores do mercado informal. Segundo o presidente do Sebrae (Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Silvano Gianne, as microempresas não têm uma legislação específica e pagam os mesmos tributos que as grandes, o que empurra o microempresário para a informalidade.

Mesmo sendo o setor que mais emprega, o microempresário enfrenta dificuldades para se estabelecer no mercado por causa do excesso de burocracia e impostos cobrados. Ainda assim, Gianne destaca que as micro e pequenas empresas são grandes empregadoras porque estão espalhadas por todo o país.




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