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De volta aos descobrimentos
Heloísa Cestari
Enviada a Portugal
27/10/2005 | 09:38
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De todos os bairros de Lisboa, Belém merece, sem dúvida, um capítulo à parte. Além de ser o ponto de partida e chegada das naus comandadas por Vasco da Gama, tudo lá remete à época dos descobrimentos. A começar pela famosa Torre de Belém – cartão-postal por excelência, construído no século XVI em meio às águas do rio Tejo – e, logo ao lado, o Padrão dos Descobrimentos, monumento bem mais recente (o original data de 1940) mas que também evoca as grandes navegações, celebrando os 500 anos da morte do infante D. Henrique, o patrono das viagens marítimas.

Bem em frente ao Padrão, vislumbra-se um dos mais exuberantes exemplares da arquitetura manuelina: o Mosteiro dos Jerônimos. Erguida pelo rei Manuel I em 1501 com os lucros advindos do comércio de especiarias, a gigantesca construção guarda, na igreja de Santa Maria, os túmulos de Vasco da Gama e do poeta Luís Vaz de Camões, além dos restos mortais de Alexandre Herculano e Fernando Pessoa.

Ao lado, fica o Museu da Marinha, com mapas, astrolábios, armas, trajes e réplicas que mostram a evolução das embarcações a partir do século XV. Para provar que Belém também olha para o futuro, em 1990 o bairro ganhou o moderno CCB (Centro Cultural de Belém) como parte de um projeto de revitalização.

E antes de deixar Belém, "ora pois", não poderia faltar uma parada no tradicionalíssimo Pastéis de Belém, café de 1870 que até hoje faz questão de preservar a sete-chaves a receita original do mais famoso doce de Lisboa, à base de farinha, açúcar, nata e, claro, ovos. Só três pessoas conhecem o segredo do pastel, que custa 0,75 euros. E olha que não faltam pessoas para tentar decifrá-lo: de acordo com a Relações Públicas do empreendimento, Maria Dulce Roque, o café vende de 10 mil a 40 mil pasteizinhos de belém por dia. Haja ovos!




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