Deise Assumpção canta sua Mauá e oferece um modelo a ser seguido por outras cidades, outras poetas, outros pensadores
“Nos poemas reunidos no volume “Cidade Cativa” (Alpharrabio Edições, 2023), escritos nas últimas duas décadas, Deise não apenas vê, mas sente, pensa e faz pensar acerca dos marcos-referência de sua cidade, Mauá, no chamado Grande ABC”.
Dalila Teles Veras, nossa poeta maior.
NOTA – A Alpharrabio de Dalila tem produzido obras maravilhosas. Infelizmente, poucas chegam até está página. Daí os nossos agradecimentos em dobro à Deise Assumpção, que lembrou da gente e disponibilizou sua obra. Maravilhosa.
É um livro, que a autora explica: “nestes versos, uma reflexão sobre Mauá”. Simples assim, profundo assim.
Título: “Cidade Cativa – Ícones e Instantâneos da cidade de Mauá” (Alpharrabio Livraria e Editora, 2023).
Num pacote, mais três títulos, todos da obra de Deise Assumpção:
1 - “Cofre”. Um cofre de versos (Alpharrabio, 2003).
2 - “Relíquias de Anjo” (Vol. III da coleção PerVersas – Literatura de autoria feminina, Alpharrabio, 92 exemplares, numerados e assinados pela autora, 2017).
3 - Via Crucis (Vol. XIII, da mesma coleção PerVersas da Alpharrabio, igualmente numerada e autografada, 2023).
Com esse “pacote” de reflexões e poesias, temos em mão a obra de uma professora e poeta nascida em Pirassununga (SP) e que vive em Mauá desde 1968. Não é preciso dizer que Deise Assumpção ama Mauá.
“Um dia fui à nascente, vi na gruta a inocência do fio d’água qual o traço do meu lápis de criança. Batizei ali as mãos. Professava sem saber misturar-me a toda gente que banha este rio de suor”.
(Rio de suor, como o suor do trabalhador mauaense).
“Aqui descobri porcelana e suas fábricas: ganha pão de tantos”.
(Tem operário no pedaço).
“Ali a moradora mais antiga, marido alcoólatra já morreu, visita os doentes do bairro, ensina catecismo”).
(Em referência à antiga Rua Seis).
“Não às bombas da guerra (aquela que ele enfrentou). Explosões propositadas por outra guerra ruem parte da casa antiga”.
(É o castelinho, que já não é, a casa de Hans Grudzinski, que a cidade não salvou, da qual o prefeito nem ligou, e a cidade deu de ombros, os tais memorialistas também, menos a poeta-professora que se apresenta à Memória nossa de cada dia. Muito prazer).
ANIVERSÁRIO DE MAUÁ
Prezada Deise Assumpção. O aniversario de Mauá não será o 22 de novembro, o que é uma pena. Será o 8 de dezembro, o que nos dá mais tempo de continuar a ler “Cidade Cativa”. E a publicar, ao longo de julho, agosto, setembro, outubro, novembro de 2024, toda essa arte e esses ensinamentos que você nos traz. Gratidão.
Crédito da foto 1 – Reprodução: Claudio Roberto Medice
Crédito da foto 2 – Luzia Maninha, Alpharrabio (divulgação)
QUERIDA MAUÁ. A cidade aos pés, cabisbaixa em frenesi, ignora as cruzes e não ouve o anjo que aguarda homens de boa vontade para o canto da paz (Deise Assumpção)
DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Domingo, 10 de julho de 1994 – Edição 8748
NOVA MOEDA – Como se divertir com apenas R$ 10,00 no bolso.
O repórter Nei Bomfim informava que o leitor poderia saborear na região uma picanha completa a R$ 6,95 ou assistir de graça a filmes e treinos de grandes equipes esportivas.
COMPARAÇÃO - Pesquisa realizada nos supermercados do Grande ABC e na cidade de Dallas, EUA, mostra que a maior parte dos produtos custam aqui o mesmo ou pouco menos que lá.
Reportagem: Paulo Carneiro.
TV MAIS – “Pátria Minha” mostrava a nova cara do Brasil, novela de Gilberto Braga, então próxima a ser exibida pela Globo. Estrelando: Vera Fischer.
EM 11 DE JULHO DE...
1914 - Admitido o primeiro funcionário do Grupo Escolar de São Bernardo, no Distrito de Santo André, o porteiro Luiz Massaini.
HOJE
Dia Mundial da População
Dia do Mestre de Banda
São Bento ou São Benedeto
11 de julho
(Itália: Úmbria 480 – Montecassino 547).
Fundou o célebre mosteiro do Monte Cassino. Escreveu a famosa Regra beneditina, cuja síntese é “orar e trabalhar, contemplar e agir”.
Grande ABC deve aos beneditinos de São Paulo os nomes das cidades de São Bernardo e São Caetano. Os nomes foram dados às fazendas dos religiosos aqui na região na primeira metade do século XVIII.
Ilustração – Arquidiocese de São Paulo
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