Dublagem transporta personagens de variadas culturas e idiomas à realidade desejada
O Dia do Dublador é celebrado em 29 de junho. No caso, ontem. Uma data para homenagear esses artistas talentosos que dão vida às histórias favoritas de muitas pessoas, por meio da voz. Pela arte da dublagem, eles transportam personagens de diferentes idiomas e culturas para a realidade desejada, permitindo que o espectador se conecte com emoções, humor e aventuras do personagem exibido em tela.
A dublagem é uma arte complexa que exige não apenas uma voz expressiva, mas também a capacidade de interpretar as nuances da atuação original, transmitindo fielmente a intenção do diretor e as características do personagem. Dubladores experientes dominam a arte da sincronização labial, ajustando a fala à movimentação da boca do personagem com precisão impecável, muitas vezes em um curto período de tempo.
A dublagem no Brasil tem uma longa e rica história, remontando à década de 1930, quando a primeira dublagem brasileira foi feita, em 1931, para o filme Alô Alô. Desde então, se tornou uma parte essencial da indústria audiovisual brasileira, contribuindo para o sucesso de filmes, séries, desenhos animados e outros conteúdos. A dublagem permite que pessoas de todas as idades e origens possam apreciar obras estrangeiras em sua própria língua, democratizando o acesso à cultura e ao entretenimento.
O dublador Marcelo Assol Caodaglio, 44, mais conhecido como Salsicha, é morador de São Caetano e trabalha com dublagem há mais de 14 anos. Ele tem um currículo longo e diverso personagens a quem já deu voz, mas à equipe do Diarinho o dublador evidenciou seus favoritos: “a preguiça Flecha, de Zootopia, eu adoro, porque tem muito a ver comigo! Tem também o Johnny Cage, dos jogos de Mortal Kombat, que é todo metido a engraçadão. E o Josh Gates, um cara que viaja o mundo explorando sítios arqueológicos no reality show Rumo Ao Desconhecido”, conta.
O Dia do Dublador é um momento para reconhecer a importância do trabalho desses profissionais que enriquecem vidas com suas vozes. Por meio de sua paixão e dedicação, eles transportam o público para outros mundos, fazem rir, chorar e refletir, tornando a experiência de assistir a um filme ou série ainda mais imersiva e emocionante.
Para Salsicha, o maior desafio da profissão é que “a dublagem é muito divertida, mas pode ser um pouco maçante e cansativa de vez em quando. Manter o bom ritmo e a qualidade quando bate o cansaço é um desafio quase diário!”, argumenta.
Por fim, Caodaglio explica como vê o papel da dublagem na preservação da cultura brasileira. “Há um movimento para transformar a dublagem brasileira em patrimônio cultural imaterial. Considero um trabalho artístico que faz parte da vida diária de praticamente toda pessoa que fala português, tanto no Brasil quanto no Exterior. Faz parte da perpetuação da nossa língua e uma forma de dar visibilidade às várias maneiras que nós nos expressamos. Manter nossa dublagem viva é fundamental para todo mundo!”, conclui.
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