Política Titulo Disputa em Diadema
Taka quer vice do segmento evangélico para eleições

Pré-candidato oposicionista na cidade diz que escolha dialoga com recém-lançado Manifesto Cristão

Anderson Amaral
19/06/2024 | 22:58
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FOTO: Claudinei Plaza/DGABC

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Principal pré-candidato de oposição ao prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), que buscará em outubro um inédito quinto mandato na região, o engenheiro Taka Yamauchi (MDB) pretende escolher no segmento evangélico seu companheiro de chapa na disputa majoritária. A definição deve ocorrer dias antes da convenção emedebista, marcada para 22 de julho.

Sem revelar nomes, Taka disse nesta quarta-feira (19) que a escolha de um representante evangélico como postulante a vice dialoga com o Manifesto Cristão, elaborado pelo pré-candidato e registrado em cartório na sexta-feira. O documento traz 15 pilares religiosos e o compromisso de adotar os princípios cristãos nas ações do poder público.

“Há uma boa possibilidade de que isso aconteça (a escolha de um nome evangélico), mas tudo, é claro, passa por pesquisas qualitativas. Não são nomes do métier político, mas são pessoas com a mesma conexão com os anseios cristãos”, disse Taka, durante o podcast Política em Cena, do Diário.

O ex-presidente da SPObras revelou que pesquisas realizadas pelo partido identificaram que 40% do eleitorado de Diadema segue indeciso e que esse contingente é formado, majoritariamente, por evangélicos – daí o desejo de ter vice identificado com esse público.

Taka ressaltou, entretanto, que a decisão será tomada de forma conjunta pelos 12 partidos que compõem seu arco de alianças (MDB, PSDB, Cidadania, Solidariedade, Progressistas, PMN/Mobiliza, PMB, Avante, PRD, PL, Democracia Cristã e PRTB).

CRÍTICAS

O engenheiro não poupou de críticas o prefeito e pré-candidato à reeleição, que o venceu no segundo turno das eleições de 2020 por diferença de 5.618 votos. Taka considerou uma “arbitrariedade” a aprovação, pela Câmara, em dezembro de 2022, de projeto criado por Filippi que atrelou à conta de água e esgoto a cobrança da taxa do lixo, que antes era enviada juntamente com o IPTU.

“Foi uma mudança aprovada na calada da noite, uma inconsequência não só dos vereadores, mas também do prefeito, que penalizou a população da periferia, porque agora a taxa do lixo não é cobrada mais por inscrição imobiliária, e sim por consumo no relógio de água”, disse o pré-candidato, que considera a cobrança ilegal, pois “há dois serviços distintos no mesmo código de barras”. “Em cidades como Fortaleza, Itu e Guarulhos esse modelo de cobrança foi revogado”, afirmou.

Taka considera “precária” a situação da Saúde na cidade. “Diadema não tem compromisso com a Saúde. A prefeitura gasta mais de R$ 600 milhões na área, quase R$ 2 milhões por dia. Porém, quando o munícipe vai a uma UBS, ao hospital, tem enorme dificuldade de atendimento”, disse.

O pré-candidato acusou a administração de “destruição de equipamentos públicos”, citando como exemplo o Observatório Astronômico, demolido em janeiro para dar lugar a uma creche; e o prédio do Paço, para a construção de um hospital. “Onde está a licitação, a ordem de serviço desse hospital? Tudo é promessa.”

A entrevista completa pode ser conferida nos canais de transmissão do Diário.




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