Um condomínio inteiro foi demolido na manha deste domingo, na Lagoa, zona Sul do Rio de Janeiro. A obra que derrubou a estrutura do conjunto de dois andares e seis apartamentos na altura do número 3.607 da Avenida Borges de Medeiros teve início às 9h e despertou a atençao de curiosos que passavam no local e também a ira de moradores da área. A demoliçao marca mais um capítulo na polêmica dos apart-hotéis.

No último dia 3, o local foi palco de um abraço simbólico organizado pelos moradores contra a construçao de um hotel-residência com 96 unidades. Agnes Teixeira, moradora do edifício vizinho, esteve presente no protesto no início da semana e mesta sexta-feira se assustou com a demoliçao. "Foi um choque quando o trator começou a quebrar tudo", conta.

A obra iniciada em pleno fim-de-semana levanta suspeitas de que se trate de uma manobra para usufruir da Lei Complementar 41/99, ainda sem alteraçoes. Nao foram encontrados engenheiros, nem placas da construtora no local onde apenas funcionários da Demolidora Carioca operavam os tratores.

Neste sábado também, postos de coleta de assinaturas organizados pelo vereador Eliomar Coelho, do PT, foram distribuídos entre a Cobal do Humaitá, na Zona Sul, e localidades na Zona Norte da cidade. Neste domingo, o movimento que já coletou cerca de 3,5 mil assinaturas pela inclusao de mais alteraçoes na Lei Complementar dos aparts, se desloca para a orla, onde em Ipanema, altura do posto 9, haverá um show de chorinho para as pessoas. A segunda votaçao do projeto de lei deverá acontecer no próximo dia 19.