Cerca de 10 mil pessoas realizaram nesta quarta-feira, em Brasília, uma marcha contra a reforma da Previdência no Brasil e a favor da anulação do leilão que vendeu a empresa Vale do Rio Doce, realizado em 1997, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

De acordo com os organizadores da ‘Marcha em Defesa dos nossos direitos’, o principal objetivo da manifestação foi protestar contra o tempo de trabalho necessário para uma pessoa se aposentar. Mais de 200 ônibus trouxeram militantes de movimentos sociais, sindicais e estudantis de todo o país.

Segundo o coordenador da Conlutas (Confederação Nacional de Lutas), uma das entidades organizadoras da manifestação, José Maria de Almeida, reforma da Previdência é inviável e prejudica grande parcela da classe trabalhadora.

“Ao invés deles trabalharem 35 anos para se aposentar, como diz a lei atual, teriam que trabalhar 52 anos para poder se aposentar. É uma proposta inaceitável, porque sacrifica ainda mais os trabalhadores para que o governo possa economizar dinheiro para dar para os banqueiros pagarem a dívida que acumularam”, protestou.

A manifestação se concentrou em frente ao Ministério da Previdência e caminhou até o Congresso Nacional. O coordenador da Conlutas afirmou que o protesto também é um aviso ao ministro da Previdência, Luiz Marinho, e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Se eles insistirem nessa proposta, nós vamos aumentar o tom dos protestos. Vamos fazer uma paralisação nacional no setor publico e no setor privado. Se eles insistirem aqui na reforma da Previdência, vamos parar o país”, declarou.