Segundo o líder do MST Joao Pedro Stedile os integrantes de assentamentos e ocupaçoes deverao seguir para o município mais próximo e protestar em frente ao fórum.
"Até hoje a Justiça nao puniu nenhum culpado", disse Stedile. Segundo ele, o protesto também deverá contar com o apoio de organizaçoes de trabalhadores rurais em outros países. "Vamos para a frente das embaixadas do Brasil cobrar Justiça."
A data, segundo ele, coincide com o Dia Internacional da Luta Camponesa. "Os trabalhadores rurais estarao mobilizados no mundo todo".
De 10 a 17 de abril o MST fará a Jornada Nacional pela Reforma Agrária. "As famílias de assentados ou de ocupaçoes seguirao para as cidades mais próximas, onde distribuirao panfletos e farao doaçoes de produtos agrícolas", disse. "Será um movimento pela conscientizaçao sobre a necessidade da reforma agrária."
Palestra - Stedile falou quarta-feira para cerca de mil jovens do MST, que participam do 2ºCurso sobre Realidade Brasileira, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Com o tema "Reforma agrária e movimentos camponeses", o líder do movimento fez um relato histórico sobre a reforma agrária em diversos países. "Esses jovens vao multiplicar nossas idéias e ajudara a mudar o Brasil", disse.
Entre os participantes do curso, está José Carlos Moreira, 28 anos, uma das vítimas do massacre de Eldorado dos Carajás. "Fiquei cego do olho direito e minha cabeça dói até hoje", conta Moreira, que foi baleado no confronto com a PM e ainda está em tratamento no Hospital de Clínicas da Unicamp.
Segundo ele, além dos 19 mortos, outras 60 pessoas ficaram com seqüelas. "Espero que a Justiça puna os culpados", disse.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.