Robinson pediu que Moscou ``reaja' frente a estas ``graves violaçoes' cometidas durante e depois da tomada de Grozny e em outras partes do território.
Num comunicado divulgado em Genebra, ``lamentou' que o governo russo nao tenha aceitado seu pedido de visitar Moscou e as regioes afetadas pelo conflito, nem tenha aceitado sua proposta anterior de enviar um representante à regiao.
``Estas negativas contribuem para reforçar o que temíamos sobre as alegaçoes de violaçoes dos direitos humanos', frisou Robinson.
``Temos que investigar essas alegaçoes e os responsáveis devem ser levados à Justiça', agregou Robinson, destacando que isto se refere também às informaçoes sobre os abusos cometidos pelos combatentes chechenos.
Robinson lembrou a ``situaçao catastrófica' dos civis chechenos expostos ao uso ``desproporcional' da força pelo exército russo. ``Os sofrimentos provocados pelos bombardeios cegos dos russos e o desprezo para com os civis nao devem piorar com a negaçao dos direitos civis mais elementares na Chechênia'.
A Alta Comissária fundamenta suas palavras em informaçoes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que lembrou a situaçao precária de dezenas de milhares de civis em Grozny e em outras partes do território, e o futuro dos detidos, dos quais nao puderam se aproximar'.
Cita também as ``informaçoes documentadas' sobre a execuçao de 40 civis pelas forças armadas russas em Grozny e em Alkhan-Iurt, sobre as violaçoes cometidas pelos soldados russos em Alkhan-Iurt e Chali (Leste da Chechênia) e sobre as múltiplas restriçoes à liberdade de imprensa.
Esclareceu ainda que a entrega pelas forças russas do jornalista Andrei Babitski a pessoas consideradas pelos russos como ``terroristas', seria uma violaçao da Convençao de Genebra de 1949.
``Somente uma soluçao política e o respeito escrupuloso das regras do direito internacional podem conduzir a uma paz duradoura e ao respeito dos direitos do homem na Chechênia'.
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