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Segundo Nobel, uso de células-tronco 'preserva a vida'
10/03/2008 | 09:46
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O ganhador do Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 2007, Oliver Smithies, afirmou no domingo em São Paulo que “um país que não tomar parte (nas pesquisas com células-tronco embrionárias) perderá a oportunidade de oferecer sua contribuição à humanidade”. Smithies, que ministrou uma palestra sobre sua experiência de 60 anos como biólogo molecular, disse que espera que o STF (Supremo Tribunal Federal) adote uma nova perspectiva diante do problema ético suscitado pelas pesquisas. “Existe muita discussão sobre matar embriões. Mas, na verdade, trata-se de preservar a vida do embrião”.

Smithies esclarece seu ponto de vista com um exemplo. “Se eu morresse em um acidente de carro, algumas partes do meu corpo poderiam ser transplantadas. Desta forma, parte de mim continuaria vivendo em outras pessoas”.

O cientista acredita que os primórdios de qualquer campo de pesquisa costumam ser controversos, mas, com o tempo, as restrições, inclusive religiosas, tendem a diminuir e desaparecer.

Em contraposição, o papa Bento XVI reafirmou também no domingo, em uma homilia para 200 jovens na igreja romana de São Lourenço, o valor incondicional da vida humana. “O homem é sempre homem com toda a sua dignidade, mesmo se estiver em estado de coma, mesmo se for um embrião”, disse.

Segundo Bento XVI, a ciência e, de um modo particular a medicina, representa uma grande luta pela vida, mas mesmo se descobrissem a “pílula da imortalidade”, seriam incapazes de satisfazer a sede de eternidade latente no homem.



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