Com formaçao técnica na área de políticas de emprego e renda, ele sempre trabalhou ligado à equipe econômica do governo. Cutolo destacou-se no Ministério da Fazenda como técnico responsável pela área de emprego e, depois, foi alçado aos cargos de ministro da Previdência Social em substituiçao ao ex-governador do Rio Grande do Sul Antônio Brito (PMDB).

Na Caixa Econômica Federal (CEF), Cutolo foi responsável pela conduçao de um amplo programa de reestruturaçao de uma instituiçao cronicamente deficitária. Conseguiu, neste meio tempo, fazer com que a instituiçao voltasse a pagar dividendos ao Tesouro Nacional e reduzir os gastos com funcionalismo por meio da adoçao de um programa de demissao voluntária.

Ele também procurou reduzir a inadimplência no novos empréstimos da carteira comercial da Caixa por meio da adoçao de uma forte de política de classificaçao de risco dos clientes em potencial.

A indicaçao de Cutolo para Caixa visou, desde o início, a profissionalizar a administraçao da instituiçao e torná-la imune ao uso político. O uso político, na visao da área técnica do governo, foi o grande responsável pelo elevado grau de inadimplência nos empréstimos antigos da CEF. Em funçao disso, a instituiçao teve, por repetidos anos, até mesmo de deixar de publicar os balancetes mensais em funçao das graves distorçoes encontradas na contabilidade do banco. Na gestao de Cutolo, estes balancetes voltaram a ser divulgados a cada 12 meses e o combate à inadimplência se fortaleceu.