``A Argentina e o Chile oferecem sinais de estabilidade política e de crescimento econômico', segundo a revista que mensalmente é editada pelo ministério da Defesa da Espanha.
``A chegada ao poder de Fernando De la Rúa na Argentina fecha dez anos de peronismo com um saldo, que inclui a consolidaçao democrática e a estabilidade econômica', apesar de também terem aumentado as desigualdades sociais e a corrupçao.
Da mesma maneira, no Chile, a volta à presidência de um socialista, na pessoa de Ricardo Lagos, parece, depois de 27 anos, fechar ``o ciclo da transiçao chilena', segundo o documento.
O panorama é pior na regiao norte andina, onde, atingidos por uma forte recessao econômica, ``as deficiências e fragilidades dos regimes democráticos do Equador, Peru e Venezuela concedem a suas respectivas forças armadas uma influência que excede suas atribuiçoes', afirma o artigo.
No entanto, ``as crises institucionais' destes países parecem ``coisa menor em comparaçao com a situaçao na Colômbia', que padece de uma ``falta de implantaçao do Estado', uma vez que ``o reduzido marco político restrito a elites conservadoras e liberais resultou insuficiente para construir um aparelho estatal aceito por todos', o que levou à criaçao de guerrilhas.
A isso se acrescenta o narcotráfico como ``uma fonte de financiamento para todos que estao em guerra contra o Estado, que agora tenta responder a todos esses desafios com o 'Plano Colômbia'', cujo objetivo é acabar com o narcotráfico e fazer a paz com as guerrilhas.
O Brasil e o México, os outros dois gigantes latino-americanos, sao retratados como países com uma administraçao forte, mas com grandes diferenças sociais e econômicas entre ambas naçoes.
No México, ``a longa cadeia de presidentes' do Partido Revolucionário Institucional (PRI, no poder desde 1929) ``contribuiu para a construçao de um aparelho público' razoavelmente eficiente, apesar do país viver um grave ``déficit social', que se traduz em desemprego, bolsoes de pobreza, rebeliao armada nos estados de Chiapas e Guerrero e narcotráfico.
Todos estes problemas sociais e de segurança começaram a afetar os países vizinhos, o que pode fazer com que as naçoes da América Latina passem da ``integraçao comercial', através de iniciativas como o Mercosul, ``à cooperaçao em termos de segurança', conclui a revista.
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