Política Titulo Editorial
Eleições e IA

Em ano eleitoral, o TRE-SP possui o importante papel de cadastrar os eleitores, distribuir urnas e mesários para todo o Estado e apurar os resultados das eleições. Neste ano, quem está à frente dessa missão é o desembargador Silmar Fernandes.

Por Luiza Feitosa
08/04/2024 | 08:00
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A entrevista concedida a este Diário pelo presidente do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), Silmar Fernandes, aborda a utilização de IA (Inteligência Artificial) nas eleições municipais de outubro – algo que tem gerado intensos debates e reflexões sobre o papel da tecnologia na política. Segundo o desembargador, a IA será empregada para coibir abusos no pleito. A medida, se bem implementada, poderá representar um avanço significativo na busca pelo equilíbrio na disputa. 

A rapidez com que a IA poderá analisar denúncias recebidas é, sem dúvida, vantagem importante. Em um cenário eleitoral onde a celeridade na apuração de irregularidades é essencial para a preservação da integridade do processo democrático, a capacidade de processamento rápido da Inteligência Artificial pode ser um recurso valioso, contribuindo para maior eficiência na identificação de padrões suspeitos de comportamento político, ajudando a detectar eventuais irregularidades de forma mais precisa e objetiva. Isso pode fortalecer a transparência e a confiabilidade do sistema eleitoral, aumentando a confiança dos eleitores nas instituições democráticas.

No entanto, não se deve ignorar os desafios e potenciais problemas que podem surgir com a implementação da IA nas eleições. Questões relacionadas à privacidade dos dados dos eleitores e à segurança cibernética das plataformas utilizadas precisam ser abordadas com extrema cautela. Além disso, há preocupações legítimas sobre a possibilidade de viés algorítmico e falta de transparência nos critérios utilizados pela Inteligência Artificial para analisar e tomar decisões sobre denúncias eleitorais.

Diante desse panorama, é fundamental que a implementação da IA seja acompanhada de rigorosos monitoramento e fiscalização, garantindo a conformidade com os princípios democráticos e os direitos fundamentais dos cidadãos. A tecnologia pode ser aliada poderosa na promoção da integridade eleitoral, mas seu uso deve ser pautado pela responsabilidade e pelo respeito aos valores democráticos.




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