Projeto de lei pioneiro foi apresentado em São Bernardo pelo vereador Julinho Fuzari (PSC) e sancionado em setembro de 2021
ouça este conteúdo
|
readme
|
O Grande ABC foi o precursor do projeto de lei que instituiu o cordão girassol para identificar pessoas com transtornos ocultos, como é o caso do TEA (Transtorno do Espectro Autista). A iniciativa teve autoria do vereador Julinho Fuzari (PSC), de São Bernardo, e acabou sancionada na cidade em setembro de 2021. Depois, ganhou repercussão nacional e tornou-se lei federal no ano passado.
“Eu milito por essa causa desde quando recebi o diagnóstico de TEA do meu filho (Giuliano, hoje com 20 anos). Há 10 anos, por exemplo, falava-se pouco sobre neurodiversidade. Por isso, por meio do meu mandato, São Bernardo conseguiu ser pioneiro em diversas leis para inclusão de autistas. A placa de atendimento preferencial foi criada na cidade. Enviamos também o projeto ao Márcio França, que ajudou a torná-lo estadual e, depois, federal”, recorda Fuzari.
O vereador destaca que, quando propôs o uso do cordão girassol, enfrentou o desconforto de alguns parlamentares. “A motivação para pensar na lei do cordão de girassol foi porque muitas vezes autistas ficavam nas filas preferenciais e quando chegava a hora de serem atendidos, eram questionados porque o autismo não é algo visível”, comenta. “Ao ler diversas matérias sobre isso, vi que alguns aeroportos na Europa utilizavam o cordão girassol para identificar transtornos não visíveis. Resolvi trazer para o nosso cotidiano. Depois que foi sancionado em São Bernardo, conseguimos espalhar para várias cidades. O deputado (federal) Alex Manente (Cidadania) levou a ideia para Brasília e virou lei nacional também”, diz Fuzari.
Como o projeto já estava em tramitação no Legislativo, Alex Manente atuou com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP), para que pudesse ser o relator e propor o texto final.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.