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Sob reestruturação, Casas Bahia perde R$ 2,6 bi em 2023

Foi o sexto trimestre consecutivo em que a varejista registrou prejuízo; último resultado positivo da empresa foi obtido em 2022

Da Redação
28/03/2024 | 07:00
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FOTO: Claudinei Plaza/DGABC


O grupo Casas Bahia, antiga Via, registrou prejuízo de R$ 1 bilhão no quarto trimestre, 513,5% maior do que as perdas no mesmo período de 2022. Foi o sexto trimestre consecutivo em que o resultado líquido da varejista foi negativo A última vez em que registrou lucro foi no segundo trimestre de 2022 – de R$ 16 milhões. No ano de 2023, o prejuízo acumulado chegou a R$ 2,62 bilhões, ante perda de R$ 342 milhões no ano anterior.

No comunicado que acompanha o balanço, a varejista diz que os números vieram ainda impactados por ajustes do seu plano de transformação. “O quarto trimestre de 2023 marca a continuidade do plano de transformação apresentado no segundo trimestre de 2023 e reforça a alta capacidade de entrega das iniciativas, que seguem dentro do planejado e terão captura gradual ao longo de 2024 e 2025.”

De acordo com o presidente da Casas Bahia, Renato Franklin, a empresa executou até agora cerca de 35% do plano de transformação. 

O maior impacto dos ajustes da reestruturação recaíram justamente sobre o trimestre passado e no imediatamente anterior, segundo o executivo. “Não enxergamos os níveis de impacto daqui para frente. O primeiro trimestre de 2024 já vem muito mais limpo. Por isso, falamos para o mercado que olhar o início de 2024 será enxergar um carro com motor novo”, disse Franklin, em teleconferência com investidores.

As receitas brutas tiveram queda de 15,5% em relação ao quarto trimestre de 2022, fechando em R$ 8,8 bilhões. E o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi negativo em R$ 163 milhões, recuo de 74% ante um ano antes.

READEQUAÇÃO

Nos últimos três meses do ano passado, a Casas Bahia realizou o fechamento de 17 lojas. Mas desde o início da reestruturação, foram 55 unidades encerradas e quatro centros de distribuição “readequados”.

De acordo com Franklin, a partir deste ano o resultado operacional (Ebitda) ajustado ficará muito mais próximo do contábil. “Será mais fácil de enxergar a realidade da companhia”. 




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