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Satélite de alta definiçao fará monitoramento em SP
Do Diário do Grande ABC
05/06/2000 | 16:03
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O secretário estadual do Meio Ambiente de Sao Paulo, Ricardo Trípoli, assinou nesta segunda-feira resoluçao criando o Núcleo de Pesquisa em Tecnologia Avançada, que fará o monitoramento ambiental por imagens de satélites. Serao cinco satélites, entre eles o Ikonos, da empresa Space Imaging, de altíssima definiçao e usado pelas forças armadas norte-americanas para uso militar. Segundo o secretário, "uma amostragem da eficiência dessas imagens foi feita no Parque do Ibirapuera, em Sao Paulo, e foi possível contar as árvores e os carros estacionados no Parque".

O primeiro trabalho será o monitoramento dos bairros Cotas, em Cubatao, e da construçao da segunda pista da rodovia dos Imigrantes. "Queremos saber quantas casas existem na área e informar as prefeituras sobre o avanço ou regressao das invasoes", diz Trípoli. O sistema também será usado na apuraçao de possíveis vazamentos no canal de Sao Sebastiao. "Vamos receber imagens a cada três dias e poderemos verificar se houve contaminaçao e qual o tamanho da mancha de óleo", explica.

De acordo com o secretário, o novo sistema é melhor do que todos os métodos utilizados anteriormente. "A operaçao Olho Verde, adotada há alguns anos, utilizava imagens do satélite Landsat, que tem baixa definiçao, e foi substituída por fotos aéreas. As imagens do Ikonos, no entanto, sao muito mais precisas e com um custo dez vezes menor", diz Trípoli. Enquanto o monitoramento por fotos aéreas custa R$ 650 o quilômetro quadrado, o novo método custará R$ 65.

O objetivo da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) é criar em dois anos um centro específico para cuidar do monitoramento por satélite, usado para subsidiar o licenciamento ambiental. "Se alguém solicita autorizaçao para usar uma área e diz que nao há mata e nem nascentes na propriedade, poderemos verificar as informaçoes rapidamente e com precisao", afirma Trípoli. Para esse trabalho, além do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que faz a ponte entre a Secretaria e os proprietários dos satélites, a Sema fez um convênio com a Universidade de Sao Paulo, que está criando um curso de mestrado para 20 alunos nesse tipo de imagem de satélite.




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