Mais de 200 trabalhadores foram encontrados em regime semelhante ao de escravidão, nesta quarta-feira, nos Estados do Pará e Tocantins. Uma fiscalização do Ministério da Trabalho esteve nos locais. Entre os trabalhadores libertados estavam oito adolescentes e seis mulheres.

De acordo com coordenador do Grupo de Fiscalização Móvel do Ministério, Humberto Célio, "a alimentação era vendida aos trabalhadores pelo dono da fazenda e descontado no salário no final de cada mês". Os equipamentos de trabalho também eram cobrados. Segundo Célio, na maioria das vezes esses produtos eram vendidos com o preço acima do mercado aos trabalhadores, que dificilmente conseguiam pagar a dívida.

Todos os trabalhadores receberão indenizações trabalhistas e depois serão encaminhados à cidade de origem e receberão o seguro-desemprego. "Já os proprietários responderão a um inquérito criminal por manter trabalhadores em regime de escravidão e, se condenados, poderão pegar de dois a oito anos de prisão", disse o coordenador.