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Vice-presidente afirma que Fidel poderá reassumir em semanas
Da AFP
07/08/2006 | 16:57
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O vice-presidente de Cuba, Carlos Lage, estimou nesta segunda-feira que Fidel Castro poderá reassumir as funções em algumas semanas. “Em semanas, como ele mesmo disse", respondeu Lage a jornalistas durante uma entrevista à imprensa em Bogotá (Colômbia).

Lage está em Bogotá para a cerimônia de posse do presidente Alvaro Uribe. Ele assegurou também que Castro está "consciente todo o tempo".

Já o poeta Roberto Fernández Retamar, membro do Conselho de Estado de Cuba, anunciou nesta segunda-feira um retorno dentro de "vários meses" de Fidel Castro ao trabalho e reafirmou que a transição de poderes realizada há uma semana foi pacífica, apesar dos prognósticos contrários de Washington. "Sabemos que ele vai se recuperar rápido, mas não amanhã. Ele nos dirá", disse o também diretor da instituição literária Casa de las Américas, que estimou que Castro ficará afastado "vários meses".

Na segunda-feira passada, Castro anunciou que delegaria provisoriamente seus poderes a seu irmão Raúl, segundo homem da hierarquia cubana, devido a uma crise abdominal que o obrigou a uma complicada cirurgia e a várias semanas de repouso. Desde então, Raúl Castro não apareceu em público.

”Os Estados Unidos previram que não seria possível uma sucessão pacífica em Cuba; pois bem, ocorreu uma sucessão pacífica em Cuba, e Raúl se dirigirá ao povo de Cuba quando for pertinente", disse Retamar. Ele acrescentou que a visão de Washington era que "se Fidel Castro não estivesse no poder em Cuba, o caos iria se apoderar deste país”. “Pois bem, Fidel não está na liderança de Cuba e o caos não tomou conta do país", completou.

Retamar respondeu às perguntas da imprensa durante a apresentação da declaração "A soberania de Cuba deve ser respeitada", na qual 400 intelectuais do mundo, inclusive oito Prêmios Nobel, exigem que Washington respeite a soberania da ilha. "Diante desta ameaça recente contra a integridade de uma nação, a paz e a segurança na América Latina e no mundo, exigimos que o governo dos Estados Unidos respeite a soberania de Cuba. Devemos impedir a todo custo uma nova agressão", sublinhou o texto.

Por sua vez, o sociólogo belga Francois Houtard opinou que o ocorrido em Cuba "é uma transição interna como Cuba desenhou e não como quer (o presidente dos Estados Unidos, George W.) Bush, é uma nova maneira de cumprir com a transição do poder".




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