Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que calcula o índice, os produtos não alimentícios aumentaram 0,47% e ficaram acima do resultado de junho (-0,09%). Telefone e energia elétrica, que juntos tiveram impacto de 0,36 ponto percentual no IPCA, foram os principais itens responsáveis pela alta de junho para julho.

A conta de telefone fixo, que ficou em média 9,03% mais cara com o reajuste ocorrido em todas as regiões, teve a maior contribuição individual no índice (0,27 ponto percentual). A energia elétrica, cujo aumento médio foi de 2,06% nas 11 regiões, contribuiu com 0,09 ponto e refletiu, sobretudo, o reajuste ocorrido em São Paulo. Assim, sem o aumento da telefonia, o IBGE indica que este mês também seria marcado pela deflação.

O responsáveis por evitar um repique nos preços em julho foram os combustíveis e os alimentos. Apesar da variação negativa de 2,74%, a queda da gasolina foi menos expressiva que no mês passado, quando os preços recuaram 4,94%; quanto ao álcool, a queda foi de 10,28%, contra 12,14% em junho. Juntos, álcool e gasolina contribuíram com –0,22% para a formação do IPCA.

Em contrapartida, a queda do custo dos alimentos foi maior que no período passado., caindo de -0,34% em junho para -0,67% em julho. Entre os produtos com maior variação negativa estão a batata-inglesa (-21,14%), cebola (-14,33%) e feijão carioca (13,17%).

Entre as 11 regiões pesquisadas, o maior índice foi verificado em Belo Horizonte (0,45%) e menor queda ficou com Fortaleza (-0,05%), único índice com variação negativa. Em São Paulo, a inflação registrada em julho foi de 0,26% e, no Rio de Janeiro, de 0,02%.

O IPCA mede a inflação das famílias com renda de 1 a 40 salário mínimos.