Pyongyang, que reconheceu recentemente querer possuir arma nuclear, expulsou em dezembro os inspetores da AIEA e depois anunciou que se retirava do Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

"Na minha opinião, a situação na Coréia do Norte é atualmente a ameaça mais imediata e grave para o regime de não-proliferação nuclear", declarou ElBaradei durante uma reunião do conselho de governadores da AIEA nesta sexta-feira em Viena.

Washington teme que a Coréia do Norte possua uma ou duas bombas atômicas rudimentares e que a reabertura da central nuclear de Yongbyon, anunciada a 5 de fevereiro, lhe permita fabricar mais.

Responsáveis americanos e chineses reuniram-se nesta sexta-feira, em Washington, para analisar a questão nuclear norte-coreana diante da perspectiva de que Pyongyang aceite iniciar negociações multilaterais para resolver a crise.

As discussões foram "úteis e detalhadas", disse o vice-ministro chinês das Relações Exteriores, Dai Bingguo, ao citar o encontro que teve com o vice-presidente americano, Dick Cheney, o secretário de Estado, Colin Powell, e a conselheira presidencial para a Segurança Nacional, Condoleezza Rice.

"Concordamos em continuar trabalhando juntos para fazer avançar o tema e resolver o problema por meio do diálogo".

Pyongyang insiste em negociações bilaterais com Washington, mas o governo americano rejeita isto e defende conversações multilaterais que incluam China, Japão e Coréia do Sul.