Política Titulo Veredicto
PSDB decide hoje posição em Ribeirão

Executiva tucana não chega num consenso e realiza votação do diretório para definir aliança

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
14/06/2012 | 07:46
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O PSDB de Ribeirão Pires continua sem saber para qual projeto majoritário declinar o seu apoio. A situação dentro do partido está dividida. Após duas reuniões da executiva, o diretório irá decidir hoje se o partido irá apoiar a candidatura do oposicionista Saulo Benevides (PMDB) ou a governista do vice-prefeito Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS).

Cerca de 50 pessoas irão dar seu voto das 8h às 12h para chegar no veredicto. São dez pré-candidatos e 39 integrantes do diretório entre, eles o presidente municipal do partido, Marcos Tibério Manoel, e o vereador João Lessa (PSDB).

Ontem à noite, Cezar de Carvalho, até então pré-candidato ao Paço, reuniu os postulantes a vereador pelo PSDB para discutir a possibilidade de composição. O placar ficou igual: seis a favor de Saulo e seis pró-Dedé.

Os cinco integrantes da executiva municipal se reuniram no começo da semana e a situação não ficou diferente. O placar da votação comprovou a divisão: dois eram a favor da aliança com o PMDB, dois querem ficar com o PPS e um não definiu seu posicionamento.

Nos bastidores tucanos, comenta-se que o voto de minerva é de Cezar, que ainda está dividido entre Saulo e Dedé. Nem mesmo para pessoas próximas ele tem manifestado sua decisão. "O último a votar serei eu, caso esteja empatado", confirmou o tucano.

O peemedebista tem investido forte para angariar os tucanos, que seria o partido mais forte do seu arco de aliados. No domingo, o pré-candidato foi até a casa de Cezar, no Guarujá, para tentar selar o acordo.

Por outro lado, o governista investe na amizade do tucano com seu pai, Gemecê de Menezes, presidente do PPS em Ribeirão. Cezar e o popular-socialista são amigos há muitos anos e chegaram a viajar juntos por diversas vezes. "A minha amizade com ele é uma coisa, a política é outra. Relação pessoal é natural, precisa ser respeitada, independente da decisão", analisou Cezar.

Após evento do Instituto Acqua, na terça-feira, Dedé conversou por algum tempo com o tucano. Segundo fontes do governo ouvidas pelo Diário, o pré-candidato saiu de lá esperançoso e disse para pessoas próximas que "a situação com o PSDB está bem encaminhada."

O prefeito Clóvis Volpi (PV) está afastado das negociações, apesar de ter bom trânsito com integrantes da executiva estadual tucana, partido no qual ele foi ajudou na fundação e presidiu a legenda em São Paulo na década de 1990.

 

PT encontra dificuldades para fechar proporcional

 

O PT de Ribeirão Pires está com dificuldades internas para fechar as alianças na proporcional. O principal empecilho é que PP e PSD disputam a possibilidade de fechar a proporcional com os petistas, que apresenta a chapa de vereadores completa.

O arco de alianças é composto por oito siglas: PT, PP, PTC, PSDC, PSD, PDT, PPL e o PRTB. Segundo fontes ouvidas pelo Diário, os pré-candidatos do PT veem com receio a ideia de coligar com outra legenda. Amanhã os presidentes de partido irão se reunir para fechar a questão.

O PSD é uma das siglas em que há mais resistência, pois tem José Nelson de Barros (PSD) que busca a reeleição. O parlamentar é apontado como puxador de votos. Alguns petistas afirmam que coligar com os pessedistas é trabalhar para eleger o vereador, que tem o bairro 4ª Divisão como seu principal reduto eleitoral. Na última eleição, ele foi o terceiro mais votado, com 1.552 votos.

A aliança com o PSD passa pela questão da vice. Caso o presidente da Câmara, Gerson Constantino (PSD), não seja escolhido para o posto, ele virá para reeleição ao Legislativo, o que pode comprometer a reeleição dele ou de José Nelson. A discussão pela vice está favorável para os pessedistas.

O presidente do diretório municipal do PT, Antonio Carlos Pereira de Souza, o Carlão, disse que o PT não tem preferência. "Vamos começar a ver a engenharia numérica", ponderou.




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