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Passeata critica demissões em fábrica da Azaléia
Da Agência Brasil
03/05/2006 | 20:01
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O MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados) do Rio Grande do Sul fez uma marcha nesta quarta-feira em frente à empresa de calçados Azaléia, em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Os manifestantes denunciaram que os altos incentivos fiscais e recursos públicos recebidos pela empresa calçadista gaúcha foram investidos sem gerar emprego.

Eles também fizeram manifestações em frente as agências do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) e da Caixa Econômica Federal no município. Segundo Mauro Cruz, da coordenação estadual do MTD, os desempregados gaúchos defendem a abertura de um programa de crédito subsidiado, além de criação de frentes emergenciais de trabalho. "O movimento também defende que as fábricas de calçados que foram fechadas sejam assumidas pelos trabalhadores, com o apoio do governo através de crédito", explicou o dirigente.

Desde segunda-feira, o MTD e as demais entidades que compõem a CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais) no estado, montaram acampamento em um prédio de depósitos da Azaléia, em Novo Hamburgo.

O MTD denunciou ainda, que em 2005, 18 mil trabalhadores perderam seus postos de trabalho no Vale dos Sinos, a região calçadista gaúcha. "Só a Azaléia recebeu, entre 1994 e 1999, cerca de R$ 40 milhões do Fundopem (Fundo Operação Empresa) do Governo do Estado. Mesmo sendo uma das maiores fabricantes mundiais de calçados, a empresa fechou em dezembro uma unidade em São Sebastião do Caí, demitindo 800 trabalhadores", disse Cruz.

Os trabalhadores desempregados, que prometeram permanecer acampados no local até serem recebidos pelo governo do estado e pelo governo federal, foram recebidos em audiência pelo titular da Casa Civil, Paulo Michelucci. O secretário se comprometeu a levar as reivindicações do movimento as secretarias do Trabalho e Ação Social, e marcar nova audiência, dentro de uma semana para discutir a pauta de negociações.




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