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Desafio da Câmara é manter ritmo em 2010
30/12/2009 | 07:05
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Ricardo Trida/DGABC


O ano novo começa com a expectativa da concretização das alianças eleitorais e da consolidação das candidaturas à presidência da República com reflexos diretos no ritmo e na qualidade do trabalho da Câmara. Sem conseguir atingir a pretensão inicial de aprovar os quatro projetos do marco regulatório do pré-sal até a entrada do recesso parlamentar, o governo vai centrar forças nesse tema, a partir de 2 de fevereiro, com a retomada dos trabalhos do Congresso.

Paralelamente às votações, o foco da agenda estará no calendário de definições eleitorais. No PMDB, o próximo passo será reeleger o presidente da Câmara, Michel Temer (SP), à presidência do partido, em março, como lance fundamental para garantir a aliança prioritária com o PT em torno da candidata Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil. A manutenção de Temer e de seu grupo no comando da legenda dará estabilidade e continuidade às conversações com o PT.

"O que será definitivo em junho, será sinalizado em março com a eleição para a presidência do PMDB", afirma o líder do partido na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), integrante da cúpula partidária e um dos principais articuladores da aliança com o PT.

Outra mexida importante no tabuleiro eleitoral será a decisão em fevereiro sobre a candidatura do deputado Ciro Gomes à presidência da República. Será um confronto direto com Dilma Roussef. O deputado está em aberta campanha, viajando em busca de votos e se destacando em pesquisas eleitorais.

O presidente Lula e as cúpulas do PSB e do PT, no entanto, acertaram que a decisão será tomada em reunião marcada para fevereiro. Ciro Gomes defende a ideia de que Lula não deveria centrar forças em uma candidatura única da base. Para ele, o surgimento de outro nome poderia provocar o segundo turno e dar alternativa ao governo, caso Dilma não se afirme como candidata.

Enquanto os governistas se mexem, o principal adversário do governo na eleição, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), mantém sua posição de só decidir sobre a candidatura à presidência da República em março, no final do período previsto na legislação eleitoral para a desincompatibilização.

VOTAÇÃO - O governo refez o cronograma e espera concluir a votação dos projetos do marco regulatório do pré-sal na Câmara até início de março e, no Senado, até final de abril.

Os deputados entraram em recesso deixando inacabada a votação do principal projeto, o que muda o sistema de concessão para partilha na exploração e produção do petróleo. A Câmara terá de votar ainda o projeto que autoriza a capitalização da Petrobrás e o que cria o Fundo Social.

O projeto que cria a Petro-Sal foi aprovado pela Câmara em novembro e está na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.




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