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Incubadora de São Bernardo recebe aporte de R$ 350 mil
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
19/01/2004 | 22:04
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  O Sebrae renovou o convênio de apoio à incubadora de empresas de São Bernardo até dezembro de 2005. A renovação, que vai significar um aporte de R$ 350 mil pelo prazo de dois anos, deveu-se, entre outros fatores, aos bons resultados obtidos, segundo o escritório regional do Sebrae.

A incubadora, criada para ajudar microempresas com projetos inovadores e bom potencial de mercado, para que eles enfrentem melhor o problema da alta mortalidade no segmento, atingiu em 2003 R$ 3 milhões de faturamento anual, com 17 empresas incubadas e 146 empregos.

A meta para este ano é mais do que duplicar as vendas, para chegar a R$ 7 milhões e totalizar 180 postos de trabalho. Para 2005, a intenção é saltar para R$ 11,4 milhões de faturamento anual e ter 300 empregos diretos. Também há a intenção de ter no programa 30 incubadas.

“Além dos bons resultados, houve a renovação em função da demanda. Há uma lista de espera de oito empreendimentos tecnológicos”, disse a gerente do escritório regional do Sebrae de São Bernardo, Silvana Pompermayer.

Parceria do Sebrae com a Agência de Desenvolvimento do Grande ABC e a Prefeitura do município, a incubadora foi fundada em 2000 como um programa de base mista, que reuniu negócios tradicionais e outros de base tecnológica (produtores de itens inovadores).

Atualmente a prioridade é para desenvolvedores de tecnologia. “Isso vem em função da necessidade do mercado. As empresas precisam do desenvolvimento de produtos”, disse a gerente.

De acordo com o gerente da incubadora, Alexandre Vancin, o último empreendimento “tradicional” – uma fabricante de embalagem – vai se graduar e deixar de ter o apoio da entidade neste ano. Dentro do perfil tecnológico, a instituição tem nove patentes registradas e apoio do Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para um projeto.

Outros quatro estão em fase de aprovação por esse fundo estadual, em áreas que vão de tecnologia automotiva, bioquímica e em telecomunicações.

O projeto que recebeu apoio da Fapesp é da empresa Pentagrama, que desenvolveu um filtro para separar água do óleo diesel, com aplicações em postos de combustíveis e como componente de veículos. Segundo o sócio Domingos Valdereis Zampieri, laudo da FEI comprovou 99,99% de pureza no diesel filtrado. Ele afirmou que deve iniciar testes em uma transportadora e, se tiver êxito, espera gerar 15 empregos neste ano.

Outras – Há programas de incubadora também em Mauá e em Santo André. Em Mauá, o projeto, de base mista, foi criado há dois anos e encerrou o ano com 14 incubadas, 105 empregos e um faturamento anual de R$ 1,6 milhão.

Em Santo André, o programa existe há um ano e é voltado a empreendimentos de tecnologia. Tem nove empresas e está em etapa inicial em termos de resultados: gerou vendas que somaram R$ 19 mil em 2003.

Para o gerente do escritório do Sebrae de Santo André, Claudio Barrios, no município os resultados são tímidos, já que os empreendedores estão em fase de desenvolvimento dos produtos. Mas a entidade fará trabalhos em conjunto com a Agência de Desenvolvimento e a prefeitura para deslanchar os incubados, segundo ele.




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