Setenta por cento dos moradores de São Caetano aprovam a administração do prefeito José Auricchio Júnior. É o que mostrou consulta de opinião pública realizada pelo Paraná Pesquisas e divulgada ontem pelo Diário. O gestor são-caetanense tem desempenho equivalente ao dos colegas Orlando Morando, que obteve 71,4% em São Bernardo, e Paulo Serra, que chegou a 80,1% em Santo André, de acordo com levantamentos similares do instituto. Os três políticos, coincidentemente filiados ao PSDB, chegam ao último ano de mandato navegando em mar de popularidade. E, a sete meses da eleição, cujo 1º turno ocorre em 6 de outubro, nenhum dos três indicou qual será seu candidato à sucessão.

Com tamanha aprovação, é certo que Paulo Serra, Morando e Auricchio possuam alta capacidade de transferência de votos, o que faz com que os nomes abençoados pelo trio larguem com vantagem na corrida para obter a preferência da comunidade. Por esta lógica, pode-se dizer que universo imenso de eleitores – sete em cada dez, no cenário mais restrito – ainda não decidiu em quem vai votar daqui a sete meses, pois aguarda, para tomar a decisão, os indicados dos atuais prefeitos de Santo André, São Bernardo e São Caetano na corrida pelo Executivo. Segundo normas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os partidos têm de 20 de julho a 5 de agosto para apresentar seus candidatos.

Infere-se, pelas estatísticas trazidas pelo instituto Paraná, que os três tucanos fizeram excelentes administrações, em que pesem as críticas pontuais que todos mereceram receber nos últimos anos. Os números trazem uma lógica. Ninguém que não tivesse trabalhado com denodo, empenho e seriedade obteria tamanho reconhecimento popular. A boa avaliação aumenta a responsabilidade dos prefeitos. É preciso que Paulo Serra, Orlando Morando e José Auricchio Júnior tenham sensatez no momento de definir o nome do político a quem entregarão a defesa do legado que construíram. Um erro neste momento crucial pode pôr em xeque os avanços das cidades, e isso ninguém quer.