Nacional Titulo
Megaoperação nas favelas da Maré começa com dois mortos
Do Diário OnLine
18/07/2003 | 22:31
Compartilhar notícia


A megaoperação policial iniciada nesta sexta-feira nas 16 favelas que compõem o Complexo da Maré (zona Norte do Rio de Janeiro) já fez duas vítimas. A Secretaria de Segurança Pública do Estado pretende estender a operação por pelo menos dez dias, com o objetivo de combater o tráfico de drogas e diminuir os elevados índices de criminalidade da região. A Justiça do Rio concedeu um mandado de busca e apreensão coletivo, o que permite aos policiais entrar em toda e qualquer casa ou barraco suspeito.

As ações desta sexta-feira contaram com a presença de 936 policiais, sendo 600 agentes da Civil e 336 soldados dos mais diversos batalhões da Polícia Militar – até o helicóptero Águia, da PM, foi escalado para a missão. O tamanho da operação e o efetivo policial envolvido impressionaram os cariocas. O secretário de Segurança Pública do Estado, Anthony Garotinho, explicou que a operação na Maré inaugura uma nova filosofia de segurança no Rio. Ele avisou que o modelo será expandido para outras favelas - Vigário Geral e Parada de Lucas foram citadas como destinos prováveis para as próximas ações.

Garotinho, numa breve visita ao Complexo durante a tarde, afirmou que os moradores da Maré estão vibrando com a operação. Além de ser um dos pontos mais perigosos do Rio, o local escolhido vive hoje uma guerra entre traficantes de duas facções rivais, que disputam o domínio dos pontos de venda de drogas na região. As duas outras favelas citadas por Garotinho como alvos potenciais para megaoperações semelhantes também protagonizaram episódios de violência nesta semana – 11 pessoas morreram em disputas de traficantes.

Tiroteio - Os dois suspeitos mortos no primeiro dia de operação trocaram tiros com os policiais na favela Vila do João. Na casa onde estavam as vítimas, os soldados apreenderam um fuzil AK-47 de fabricação russa, uma pistola automática, duas granadas de uso exclusivo das Forças Armadas, munição, quatro radiotransmissores e uma farda camuflada, além de papelotes de cocaína.

As identidades das vítimas não foram divulgadas. Os dois homens foram apontados como integrantes da quadrilha do traficante Macumba, ligado à facção criminosa Terceiro Comando. Além dos dois mortos, um terceiro homem ficou ferido no tiroteio.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;