Política Titulo ELEIÇÕES
PCB da região tenta superar rótulos e não terá candidatos

Legenda tem só 164 filiados no Grande ABC e está com dificuldade para ir às urnas neste ano

Cleber Ferrette
03/03/2024 | 07:00
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Com apenas 164 filiados nas sete cidades, um dos menores partidos políticos no Grande ABC, o PCB (Partido Comunista Brasileiro) é uma das exceções quando o assunto é disputa eleitoral e não estará nas urnas nos pleitos municipais de outubro.

O secretário político do PCB, Diogo Mendes, que é da célula Jano Ribeiro, que coordena os trabalhos na região, diz que o momento é de reorganização, que a lenda não terá candidatos, tanto para os Executivos quantos para os Legislativos, e que a proposta é tentar interferir no processo eleitoral de outras formas. “Vamos procurar pautar os debates seja com mobilizações nas ruas, seja articulando atividades. Têm várias lutas que estão acontecendo nesse momento e a gente participa de várias delas. E um dos nossos objetivos agora é conseguir pautar quem vai ser os representantes da sociedade civil nessas eleições.”

O dirigente do PCB, porém, observa que a sigla pode fazer algumas alianças pontuais. “Estamos estudando isso. Acho que podemos compor com partidos que pensam como a gente e ao mesmo tempo contemplar algumas de nossas pautas.”

Diogo Mendes sabe que o processo de fortalecimento partidário passa pela disputa de eleições com o posicionamento de candidaturas. O secretário, todavia, vê outros meios de organização. “Várias construções ao longo da história nasceram da construção popular e não necessariamente com o peso da caneta e da cadeira. Temos total certeza de que temos condições de fazer mudanças sem estar lá (eleitos no poder).” 

Sobre o esvaziamento partidário que está havendo (conforme registrou o Diário os partidos políticos perderam, em média, 7% dos filiados em três anos), o dirigente do PCB analisa que pode ser consequência da ausência de conteúdos que dialoguem com os próprios filiados. “A grande maioria dos partidos quer disputar eleições como se fosse um fim em si próprio. A busca do poder pelo poder. Estão perdendo a essência fundamental, que é discutir programas, melhorias e progresso para a classe trabalhadora. E os filiados que estão nesses partidos passam a entender esse processo e chegam à conclusão que não faz sentido permanecer na legenda.” 




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