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Para FMI, economias emergentes exibem resiliência contra volatilidade de juros globais
31/01/2024 | 16:08
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As economias de mercados emergentes registraram oscilações muitos mais suaves nas taxas de juros que as economias avançadas, frente ao ambiente de volatilidade nos juros globais - especialmente nos de títulos públicos de longo prazo. É o que diz o Fundo Monetário Internacional (FMI), em uma publicação divulgada nesta quarta-feira, 31, em seu blog.

O FMI apontou que a sensibilidade média dos títulos de 10 anos de mercados da América Latina e da Ásia em relação aos juros americanos caiu durante este ciclo de aperto monetário em comparação com 2013, quando houve um salto nos retornos dos Treasuries.

Há ainda outros sinais de resiliência dos emergentes durante esse período de volatilidade, acrescentou a instituição. "As taxas de câmbio, os preços das ações e os spreads soberanos flutuaram num intervalo modesto. Mais notavelmente, os investidores estrangeiros não abandonaram os seus mercados de títulos, em contraste com episódios anteriores, quando ocorreram grandes saídas após aumentos na volatilidade das taxas de juro globais, inclusive em 2022", descreveu.

Para o Fundo, a resiliência é fruto dos esforços dos países emergentes em melhorar os quadros políticos para mitigar pressões externas. O FMI citou, por exemplo, a construção de reservas monetárias adicionais, a movimentação em direção à flexibilidade de taxas de câmbio, a melhora na estrutura de dívidas públicas e o aumento da confiança em investimentos em moedas locais. "Talvez o mais importante, e em estreita linha com o conselho do FMI, é que os principais mercados emergentes reforçaram a independência dos bancos centrais, melhoraram os quadros políticos e ganharam progressivamente mais credibilidade", afirmou.

Desafios à frente

O FMI recomenda aos emergentes que se mantenham vigilantes para os desafios à frente, em particular: o encurtamento nos diferenciais de juros em relação a economias avançadas; o aperto quantitativo (QT, na sigla em inglês) em economias avançadas; e a continuidade da volatilidade nas taxas de juros globais.

A instituição também aconselha esses mercados a continuarem trabalhando na sua credibilidade, com seus BCs mantendo o foco em levar a inflação à meta.




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