Economia Titulo Aberto ontem
Leilão de marcas da Pan tem 3 habilitados a lance e nenhuma oferta

Primeira fase do pregão foi aberta ontem e vai até quarta-feira, com proposta mínima de R$ 27,788 milhões; dinheiro obtido será destinado a quitar débitos

Nilton Valentim
30/01/2024 | 07:00
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FOTO: Celso Luiz/DGABC


O leilão das marcas da Chocolates Pan, que por nove décadas foram produzidos em São Caetano, foi aberto ontem. O lance mínimo é de R$ 27.788.754, valor que foi definido por uma perícia realizada a pedido da Justiça de São Paulo. Esta primeira fase vai até as 13h de quarta-feira.

Até a tarde de ontem, três empresas haviam se credenciado para dar lances. Entretanto, nenhuma oferta havia sido formulada. A página do pregão, no site da Positico Leilões havia sido visualizada 1.347 vezes. Segundo os organizadores do leilão, 12 empresas estão avaliando as informações para decidir se também vão se habilitar para a disputa. 

Se ao término do prazo inicial não houver lances, então será aberta – às13h01 do dia 1º de fevereiro – a segunda fase do pregão, com a oferta mínima sendo reduzida pela metade (R$ 13.889.377) e encerramento às 13:01hs, e termina dia 16 de fevereiro.

Se mesmo assim não for definido um comprador para as marcas, então será iniciada a terceira fase, com lances de qualquer valor. 

O relatório aprovado pela Justiça aponta que a marca tem estimativa de faturamento anual de R$ 51 milhões. 

Para o administrador judicial da ARJ Consultoria e Assessoria Empresarial, Fábio Garcia, responsável pelo processo da Chocolates Pan, uma das vantagens para quem arrematar é ter em seu poder um conjunto de marcas centenárias e livres de qualquer dívida. “É como começar uma nova vida, sem ter que olhar para trás, com uma marca conhecida e com enorme potencial de crescimento no mercado de chocolates”, declara. O valor da venda tem como objetivo pagar os credores.

A Pan estava em recuperação judicial desde março de 2021, mas o processo não foi bem sucedido e a empresa pediu falência em 13 de fevereiro de 2023. Na época, a empresa tinha dívidas de cerca de R$ 260 milhões e empregava 52 funcionários.




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