A medida foi divulgada após uma frustrada audiência, nesta quarta-feira de manha, que reuniu o presidente da Federaçao da Agricultura (Fetag), Carlos Sperotto, e o governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra (PT), que nao aceitou transferir as famílias acampadas para áreas do governo. "Estes acampamentos já sao uma pré-invasao e o governo será o responsável caso ocorram conflitos agrários", advertiu Sperotto. O secretário da Agricultura, José Hoffmann, contrapôs que "a simples transferência das famílias nao resolverá o problema. Nosso entendimento é que a reforma agrária é uma questao política e nao policial".
Carlos Sperotto informou já ter pedido audiência ao presidente Fernando Henrique Cardoso para pedir ajuda do Governo Federal sobre a situaçao no Rio Grande do Sul. A mobilizaçao dos fazendeiros decorreu também de declaraçao anterior de Hoffmann de que considerava que todas as propriedades com mais de 700 hectares eram improdutivas. Na segunda-feira, mais de 400 ruralistas se reuniram em Bagé para definir medidas contra as possíveis invasoes pelo MST.
Nesta quarta-feira, centenas de produtores rurais, proprietários de áreas com mais de 700 hectares, se reuniram na sede da Farsul em Porto Alegre, quando entregaram procuraçoes à entidade para entrar com açoes pedindo o 'interdito proibitório', que proíbe antecipadamente as invasoes de suas fazendas com sua imediata reintegraçao de posse.
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