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Paço de São Caetano cobra a taxa do lixo por vaga de garagem

Moradores do Edifício Santa Clara denunciaram cobrança dupla pela gestão Auricchio; arrecadação com tática superou R$ 2.000 em 2023

Artur Rodrigues
22/01/2024 | 07:00
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FOTO: Reprodução


 Moradores do condomínio Edifício Santa Clara, na Rua São Paulo, em São Caetano, denunciaram ao Diário que a Prefeitura cobra a taxa do lixo pelas vagas de garagem. Comprovantes de pagamento de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) mostram que a gestão do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) faz duas cobranças da taxa no condomínio.  

O Diário apurou com os moradores que a Prefeitura cobra um valor mensal médio de R$ 38,76 de taxa de lixo a cada vaga de garagem. Os valores são estabelecidos de acordo com a área do espaço. Há casos de moradores que possuem duas vagas e, consequentemente, pagam valor dobrado. 

“Tenho duas vagas e é cobrada mensalmente uma taxa de lixo referente à área dessas duas garagens, o que é uma cobrança absurda, porque essas vagas não geram nenhum lixo. Então, por que cobrar?”, questionou Demar Oliva Xavier Júnior, morador do condomínio. 

Além da cobrança por garagem, o Paço também cobra a taxa de lixo tradicional por apartamento, no valor de R$ 49,65. Isso faz com que a gestão tucana tenha dois tipos de arrecadação com esse tipo de imposto, que é motivo de questionamento em cidades da região. 

A arrecadação com a cobrança por vagas de garagem foi maior do que por apartamento no caso do Santa Clara. No primeiro caso, a Prefeitura arrecadou, em 2023, R$ 2.094,51, enquanto a cobrança de acordo com as áreas dos apartamentos gerou arrecadação de R$ 1.688,11. 

“É uma indignação muito grande com a cobrança que a Prefeitura vem fazendo. Eu pago R$ 60,60 de taxa de lixo para duas vagas de garagem que não produzem lixo. Além disso, vagas laterais pagam mais caro do que aquelas que ficam uma atrás da outra. Não tem explicação e não tem lógica. É preciso cobrar dos gestores municipais uma solução, porque essa cobrança é totalmente descabida”, comentou a moradora Kátia Sobral. 

Síndico do condomínio, Wilson Zampieri informou ao Diário que já procurou a Prefeitura, assim como pediu ajuda para o vereador Fábio Soares (PSDB), que faz parte da base governista de Auricchio na Câmara, para que uma solução fosse apresentada. No entanto, o munícipe não teve retorno de nenhuma das partes. 

“Tentamos dialogar com a Prefeitura de todas maneiras possíveis, mas a cobrança não é cessada. Essas áreas comuns, como garagem, quem tem que arcar com os custos é o condomínio e não os moradores. O que eles pagam por uso de áreas comuns é abatido na taxa do condomínio. Mas taxa do lixo por garagem é um absurdo. Garagem não gera lixo, não há lógica para esse tipo de cobrança”, disse Zampieri. 

O Diário procurou a Prefeitura e o vereador Fábio Soares, mas não houve retorno de nenhum deles até o fechamento desta edição. 




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