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Márcio disputará presidência do PT
Fabrício Calado Moreira
Do Diário do Grande ABC
23/07/2005 | 10:24
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Às voltas com o imbróglio judicial que impede a realização do segundo turno das eleições à Prefeitura de Mauá, Márcio Chaves (PT) concorrerá também a outro cargo: a presidência do Partido dos Trabalhadores na cidade. A idéia dos petistas é mostrar que o partido está unido, o que pode facilitar a mobilização da militância na disputa pelo comando do Paço Municipal. Apesar do discurso de união, o líder do PT na Câmara, Rogério Moreira Santana, ligado à esquerda do partido, pretende disputar o posto com Chaves.

"O Márcio é meu candidato a prefeito até embaixo d'água, mas ainda não temos unidade na disputa do PT municipal", afirma Moreira. O petista, que considera "bobagem" o discurso de união do partido em Mauá, admite abandonar a candidatura caso o grupo de Chaves ceda mais espaço à esquerda do partido na composição da executiva municipal do PT. "Para nós, mais importante que a presidência é o diretório."

O grupo aliado de Chaves critica a postura de Moreira. "Divergência não quer dizer que você precisa montar outra chapa", avalia o ex-deputado federal Wagner Rubinelli. Ele apoiará a candidatura de Chaves no PED (Processo de Eleição Direta) do PT mauaense, mas frisa que não faz questão de ocupar cargos na executiva municipal.

Antes que fosse estabelecido o apoio da maioria à candidatura de Chaves, petistas também iniciaram articulação de outros nomes para disputar o diretório municipal. Entre eles, o do candidato a vice-prefeito de Mauá Hélcio Antônio da Silva, o próprio Wagner Rubinelli e o vereador Paulo Eugênio Pereira, cujas candidaturas não chegaram a ser consolidadas. "Como não fechamos em nome algum e o Márcio se dispôs a assumir a presidência do partido, nos juntamos em torno dele", explica Hélcio. Os três garantem apoio à candidatura de Chaves.

Realidade ímpar – Para o candidato a vice-prefeito de Mauá, é preciso unir os esforços na cidade, principalmente por conta da indefinição judicial sobre quem será o prefeito. "Nossa realidade é diferente de qualquer cidade da região. A idéia da chapa única é concentrar os esforços para mobiziliar a militância", diz Hélcio.

Além do candidato a vice-prefeito, o nome de Márcio para presidir o PT de Mauá também conta com o apoio do ex-prefeito Oswaldo Dias e do atual dirigente do partido na cidade, José Luis Cassimiro. "O partido está unido na eleição e em Mauá", afirma Cassimiro. Mesma linha de pensamento segue o deputado estadual Donisete Braga. "O que está colocado para o diretório hoje é o mesmo sentimento da campanha, em que há mais convergências que divergências", avalia.

O presidente do PT mauaense garante que o grupo de Chaves procurará o de Moreira para discutir a consolidação de uma chapa única. "Até o dia 30, isso estará resolvido", crê Cassimiro. "É um direito do Rogério disputar, mas o Márcio é o grande quadro do partido hoje", entende Dias. O Diário procurou Chaves, mas ele não retornou as ligações. Segundo amigos, ele viajou para a casa de parentes no interior.




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