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Funcionários da Varig realizam protestos em SP e Brasília nesta terça
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
10/04/2006 | 16:44
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Funcionários da Varig realizarão uma manifestação na manhã desta terça-feira em frente aos portões da empresa, próximo ao Aeroporto de Congonhas. A mobilização faz parte de uma série de protestos, que pretendem obter apoio de parlamentares na solução da crise da empresa.
 
Um vôo fretado levará trezentos funcionários da Varig do Rio de Janeiro com destino a Brasília. Ali, vão se encontrar com outros empregados e aposentados da companhia, procedentes de Porto Alegre e São Paulo, para realizar, no Congresso Nacional, a "Marcha pela Salvação da Varig".

Às 15 horas, a comitiva seguirá para o Palácio do Planalto, onde espera ser recebida pelos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Waldir Pires (Defesa). O diretor da Apvar (Associação de Pilotos da Varig) e representante da TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), Felipe Paiva, disse que os trabalhadores querem sensibilizar o governo para ajudar a solucionar o caso. "Temos que ser recebidos até para mostrar qual é o nosso pleito, porque a coisa está muito confusa. A empresa tem condições de sobreviver ", afirmou.

Segundo Paiva, a idéia não é pedir dinheiro emprestado ao Tesouro Nacional, como teria entendido o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "As coisas têm que ficar claras e o governo tem condições, sim, de viabilizar a sobrevivência da empresa".

De acordo com Paiva, os funcionários reivindicam um prazo de carência no pagamento aos fornecedores da Varig, como prevê a proposta do novo gestor profissional da empresa, a consultora norte-americana Alvarez&Marsal.

Paiva disse ainda que a Varig precisaria de um fôlego de 60 dias em termos de combustível e de cerca de 90 dias nas taxas aeroportuárias. "Com essa carência, a empresa melhoraria o fluxo de caixa, podendo iniciar o processo de recuperação judicial, que não conseguiu fazer. Ela tem um plano aprovado pela maioria dos credores, inclusive as estatais (Infraero, Banco do Brasil, BR Distribuidora), e não pode colocar em prática porque não tem dinheiro", observou.

Uma eventual falência da Varig, acrescentou o executivo, acarretaria 11 mil demissões imediatas de empregados diretos e cerca de 100 mil desempregos indiretos, além da falência do fundo de pensão, que tem em torno de oito mil aposentados. "A Varig tem mais de 75% do mercado de vôos internacionais.




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