Em uma declaraçao, os ministros do exterior europeus, reunidos nesta quinta-feira em Luxemburgo, responsabilizaram o presidente iugoslavo e seu governo pelo conflito armado na Iugoslávia.

Segundo o atual presidente dos Quinze, ministro alemao Joschka Fischer, ``quando se souber toda a verdade dos massacres no Kosovo, essa realidade vai ser muito mais dura do que possamos suportar. Temo que seja uma repetiçao das piores violaçoes dos direitos humanos cometidas na Bósnia'.

``Ninguém achava que hoje pudesse se fazer uma guerra como esta contra uma minoria', disse a respeito da limpeza étnica lançada pelas forças sérvias no Kososo, que qualificou de ``peste' conhecida na Europa nos anos 30 e 40.

A UE anunciou também que estuda a possibilidade de ``reforçar as sançoes econômicas' contra a Iugoslávia.

``Milosevic sabe o que tem que fazer para acabar com a campanha aérea da Otan', assinalou o ministro espanhol das relaçoes exteriores, Abel Matutes, referindo-se às cinco condiçoes da comunidade internacional: cessar-fogo, retirada de tropas, autorizaçao para a instalaçao de uma força de paz da Otan, retorno dos refugiados e regresso à negociaçao do processo de Rambouillet.

A UE aprovou nesta quinta-feira uma ajuda de 250 milhoes de euros (263 milhoes de dólares) para socorro dos mais de 400.000 mil refugiados albano-kosovares forçados ao êxodo nos países vizinhos como Macedônia, Albânia e Monetenegro.

Os Quinze ministros da UE se reuniram com os ministros do exterior da Albânia, Macedônia, Bulgária, Romênia, Turquia, Croácia, Hungria e Eslovênia, para discutir uma iniciativa alema de lançar um futuro ``plano de estabilidade' para os Balcas.