Apesar da onda de violência que atinge o país árabe, Brahimi considera possível instalar um governo de transição antes da data prevista, embora tenha reconhecido que não será uma tarefa fácil. "Acredito que será um governo com poderes limitados", comentou.

"Ele (Brahimi) teria de ser um mago para conseguir apresentar um plano que agrade a todas as partes no Iraque", desabafou o embaixador chileno na ONU, Heraldo Muñoz. "Mas se ele apresentar algo que pareça possível realizar-se, acredito que será o suficiente para convencer a comunidade internacional", completou Muñoz.

Sob pressão dos Estados Unidos, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, aceitou enviar Brahimi — um respeitado diplomata árabe — para conseguir um consenso em relação ao governo interino iraquiano.

A grosso modo, o plano de Brahimi prevê que as Nações Unidas designe um governo transitório de tecnocratas, em consulta com a coalizão comandada pelos Estados Unidos e o Conselho provisório iraquiano, até as eleições de um parlamento, em janeiro de 2005.