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Peugeot reorganizou o 206
André Gomide
Da HP Press
17/02/2004 | 21:34
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Sempre que uma montadora resolve ouvir seus clientes alguma coisa muda, e geralmente para melhor. No caso da Peugeot o resultado foi positivo para o modelo 206 que teve o seu número de versões reduzido a quatro e ainda ganhou um motor mais na "medida" para as características do carro. Com seus 75 cv de potência, o motor 1.4, que passa a equipar as versões Presence e Feline, supre a falta de fôlego do motor 1.0 16V (70 cv) garantindo arranques mais convincentes e velocidade média de rodovia bem mais agradável e segura.

Com a nova reorganização dos padrões de acabamento, o preço do Peugeot 206 1.4 Presence ficou em R$ 24.990, (carroceria de 3 portas) e de R$ 30.840 para a versão Feline, que só é vendida com carroceria de cinco portas. O 206 mais barato continua sendo a versão Sensation (ex Selection) 1.0 três portas que pode ser comprado pela internet por R$ 21.990. A mais cara é a 1.6 Rallye, R$ 36.950.

Avaliado em percurso de quase 800 quilômetros, dos quais 140 no perímetro urbano, o 206 Presence 1.4 revelou um desempenho bem mais agradável em comparação ao modelo tracionado pelo motor 1.0 16V de 70 cv. Na verdade, o pulo do gato está no maior torque (12,0 mkgf contra 9,2 do 1.0) que aparece em rotações bem mais rasteiras nesse motor (2.800 rpm contra 4.200). Na prática, isso significa muito mais disposição para deixar a inércia e garantir retomadas de velocidade quando o velocímetro já está passando dos 70 km/h.

Por conta desse maior fôlego, o Peugeot 206 1.4 consegue manter velocidades entre 120 e 140 km/h com reservas, o que significa um nível de ruído reduzido, uma vez que os motores de baixa cilindrada precisam trabalhar em regime de rotação alta para garantir velocidades mais elevadas, além de levar mais tempo pra recuperar o ritmo. Na comparação dos dados de desempenho com as demais versões do 206, a Presence faz de 0 a 100 km/h em 12s6 (a versão com motor 1.0 faz em 14s4) e a 1.6 (110cv), em 10,5, segundo os dados de fábrica. Na mesma ordem, as velocidades máximas ficam em 160, 172 e 198 km/h.

Para quem dirige, o maior incômodo é o contato da alavanca de ajuste do banco com a perna direita. O presidente da Peugeot, Bruno Grundeler, afirma que a oferta do motor 1.4 fica limitada por conta da maior alíquota de IPI que os carros com essa capacidade cúbica são obrigados a recolher. "A maior taxação nesse segmento (em torno de 14%), representa um aumento de quase 7% em relação ao mesmo modelo com motor 1.0", afirma. Por essa razão, Grundeler acredita que os carros com motor 1.0 vão continuar representando o maior volume de vendas da indústria local. Mesmo assim, a Peugeot reafirma sua permanência no País e anuncia outros lançamentos para esse ano.




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