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Conceito downsizing: pouco fazendo muito
Vagner Aquino
Do Diário do Grande ABC
13/06/2012 | 07:00
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Você já deve ter ouvido por aí o termo downsizing, certo? Traduzida ao pé da letra (do inglês), a palavra significa redução - exatamente o que as fabricantes estão buscando quando se fala em motores. Cada vez menores, porém mais potentes.

 "Para se ter ideia, nos anos 1970 os motores 1.8 da Volkswagen, por exemplo, entregavam potência de 95 cv, em média. Hoje, com a mesma capacidade volumétrica, não são inferiores a 160 cv", lembra Paulo Roberto Garbossa, diretor da ADK Automotive e especialista no setor automotivo.

Mas, além da potência, hoje em dia é necessário ser ambientalmente sustentável. Sendo assim, as atenções se voltaram também para a economia de combustível e, em consequência, menores emissões de poluentes. "O downsizing também engloba a redução de peso. É válido ressaltar que 50 quilos a menos no motor equivalem a 6% de economia de combustível, por isso é cada vez mais raro encontrar veículos equipados com blocos V8, por exemplo", argumenta Francisco Satkunas, conselheiro da SAE Brasil (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade).

E não dá para falar em dowsizing sem mencionar os motores sobrealimentados por turbinas, caso do próprio Audi A1 (leia acima) e alguns modelos da BMW e Peugeot, beneficiados com o bloco Turbo High Pressure (feito em parceria entre as marcas). O último deles foi o sedã 508, que apesar de grande (4,79 metros de comprimento) e pesado (1.410 quilos), carrega o propulsor 1.6 de 165 cv sob o capô dianteiro.

Mas isso não é exclusividade dos modelos atuais. Quem não se lembra do Fiat Uno Turbo, que foi vendido por aqui entre 1994 e 1996? Porém, naquela época, "o brasileiro não estava habituado com o turbo, e o aliava à ideia de corrida, de racha... Hoje a realidade é outra, o consumidor entende que a tecnologia serve para maior rendimento em determinado regime de uso", esclarece Garbossa.

Em 2000, a Volkswagen também deu um passo importante rumo ao downsizing, lançando o Gol Turbo, o primeiro carro 1.0 16 válvulas sobrealimentado por turbina do Brasil. Permaneceu em linha até o fim de 2004, de acordo com a marca, acumulando mais de 15 mil unidades vendidas.

Para o futuro (quem sabe, próximo), outras iniciativas interessantes em termos de redução de motor vêm da Ford e Fiat que, respectivamente, têm na manga os motores Ecoboost de três cilindros e TwinAir (dois cilindros), até então, indisponíveis no mercado brasileiro.




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