A equipe de cientistas, dirigida pelo médico Jeffrey Isner, professor de patologia na escola de medicina da Universidade de Tufts, em Boston (Massachusetts), injetou no coraçao dos pacientes o gene responsável pela produçao do fator de crescimento vascular endotelial (VEGF), que estimula o crescimento de novos vasos no coraçao.

``Até onde sei, esta é a primeira vez que um estudo mostra com conclusoes objetivas uma melhora da circulaçao do sangue no coraçao após recorrer à terapia genética', disse Isner.

A pesquisa foi feita com 13 pacientes que sofreram angina do peito e colocaram uma ponte coronária ou foram submetidos a uma angioplastia. Os resultados estao sendo publicados nesta terça-feira em Circulation, a revista da American Heart Association.

Em nove pacientes, a terapia genética conseguiu reanimar parcial ou totalmente partes do coraçao que pareciam mortas, mas que, na verdade, estavam em estado de ``hibernaçao'.

``É uma descoberta potencialmente importante e que nao esperávamos. Havíamos visto grandes partes (do coraçao) onde nao havia circulaçao sangüínea quando o paciente estava em repouso e cuja maioria dos problemas foi eliminada após a transferência de genes', detalhou Isner.

Seis meses após o procedimento, nenhum paciente teve crise cardíaca ou qualquer complicaçao grave, enquanto a média de anginas do peito por semana passou de 40 para duas.